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Opinião: Mulheres e homens no voleibol

É comum no esporte mulheres terem menores pagamentos que os homens

Belo Horizonte |
Destaque no vôlei ao lado de jogador sérvio, Natália Pereira recebeu apenas metade de prêmio oferecido ao atleta
Destaque no vôlei ao lado de jogador sérvio, Natália Pereira recebeu apenas metade de prêmio oferecido ao atleta - Reprodução

A Liga Mundial de Voleibol feminino e masculino terminou. Ao fim da competição, os melhores recebem condecorações e prêmios em dinheiro. Neste ano, a brasileira Natália Pereira e o sérvio Marko Ivovic foram os melhores. Ivovic recebeu US$ 30 mil pelo feito. A brasileira, apenas US$ 15 mil. Considerando que os dois torneios são promovidos pela mesma federação, por que ela ganhou duas vezes menos que ele?
A razão óbvia é o machismo, mas alguns homens alegam outro motivo: dizem que o esporte feminino tem menos audiência e é menos rentável para patrocinadores. Deve, portanto, receber menos. Não é o que os dados apontam. Aliás, mesmo quando as mulheres oferecem mais visibilidade na mídia e rentabilidade no mercado, seus pagamentos são menores. 
Convém não esquecer: nas Olimpíadas de Londres 2012, a seleção brasileira feminina, medalha de ouro na edição anterior, viajou de avião na classe econômica; a masculina, que era prata, voou no conforto da classe executiva. 

Você sabia?

Em 2015, somente duas mulheres apareceram no ranking dos 100 atletas mais bem pagos do mundo, contando premiações, salários e faturamento com publicidade. A tenista Maria Sharapova ocupou o 26º lugar, enquanto outra tenista, Serena Williams, apareceu em 47º. Nos EUA, o jogador de basquete melhor remunerado recebe 234 vezes os rendimentos da jogadora mais bem paga do país. 

 

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