O pedido de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff se aproxima da etapa final. Seja qual for o resultado da decisão do Senado Federal, o governo interino de Michel Temer (PMDB) já deixou sua marca, como os cortes em programas sociais, em cultura e dezenas de outras medidas.
Frente aos retrocessos promovidos pelo governo interino, movimentos populares e sindicatos encontram na unidade uma forma de resistirem ao golpe contra a democracia, além de construírem propostas para o futuro do Brasil. Conheça algumas frentes que têm protagonizado manifestações por todo o país e vejas as datas das próximas mobilizações.
Frente em defesa da Saúde
Diversos sindicatos, entidades profissionais e movimentos populares da saúde têm se articulado em frentes nacional e estaduais que defendem um Sistema Único de Saúde (SUS) totalmente público, gratuito e de qualidade. No primeiro semestre deste ano, organizaram o “Ocupa SUS” em diversas capitais do Brasil. Durante esses atos, sedes do Ministério da Saúde foram ocupadas contra o governo ilegítimo de Temer e o ministro interino da saúde, Ricardo Barros, que é um defensor dos planos de saúde e do corte de verbas para o SUS. Em Minas Gerais, a frente conta mais de 70 organizações e a próxima plenária será em 28 de julho, em BH.
Pela democracia, #ForaTemer
Movimentos populares e partidos políticos têm se organizado em torno de duas principais frentes de luta no país: a Frente Brasil Popular e a frente Povo Sem Medo. Ambas se posicionam contra o governo interino de Michel Temer. Em várias ocasiões, as duas frentes construíram grandes manifestações em diversas cidades do Brasil para criticar as medidas de Temer que retiram direitos e pioram a vida dos trabalhadores. O próximo ato da Frente Brasil Popular será no dia 29 de agosto, em Brasília.
Cultura pela democracia
As sedes do Ministério da Cultura (MinC) de diversas capitais também foram ocupadas no primeiro semestre por movimentos culturais, artistas e profissionais da cultura para denunciar o governo ilegítimo de Michel Temer e o desmonte das políticas públicas de cultura. Após a pressão social pelo fechamento do MinC, o governo voltou atrás e recriou o ministério. Mesmo assim, ativistas afirmam que não negociam com Temer e continuam reivindicando a retomada da democracia no país. Em Belo Horizonte, está previsto um “CulturAto”, no dia 30 de agosto, às 17h, no Monumento Rômulo Paes, na rua da Bahia, Centro da capital.
Edição: ---