Em cinco meses, as decisões do governo não eleito de Michel Temer encaminham o futuro do Brasil para uma situação de absoluto desastre. As medidas buscam a retomada de altas taxas de lucro pelas classes dominantes, a partir de três eixos centrais: redução dos salários diretos e indiretos dos trabalhadores, privatização de empresas e serviços públicos e intensificação da exploração dos recursos naturais.
No balcão de negócios da nova política econômica, o pré-sal acaba de ser colocado à disposição de empresas estrangeiras, retirando a possibilidade de seus lucros serem utilizados para o desenvolvimento de políticas públicas.
PEC do fim do mundo
A aprovação da PEC 241 nesta semana trará grande impacto para quem depende do serviço público. Para o corte de gastos, Temer promoveu um grande banquete imperial para 215 deputados ao custo de R$100 mil e assim garantiu, entre outras ações, o congelamento do orçamento para saúde e educação nos próximos 20 anos.
Mas este congelamento dos investimentos, que o governo chama de “teto de gasto”, vai prejudicar apenas o trabalhador. Militares serão poupados, judiciário garantiu um aumento de 41% e para grandes meios de comunicação, mais de 400% de aumento no repasse de verbas.
Os cortes de direitos avançam a cada dia, mas o Ministro da Fazenda, Henrique Meireles, quer que a gente acredite que cortar o pouco já investido é a solução para melhorar as contas públicas. Tudo isso para repassar dinheiro para bancos em uma dívida inexistente.
A economia brasileira sob a condução da equipe de Temer se resume, em grande medida, a uma coleção de negócios, boa parte deles lesiva ao país. Ou a gente detona as medidas de Temer ou esse governo detona nosso futuro.
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