Por decisão da Justiça Eleitoral de Montes Claros, haverá segundo turno na cidade do Norte de Minas. Com isso, disputam o pleito Humberto Souto (PSS) e Ruy Muniz (PSB), que é considerado foragido da polícia.
Muniz é acusado de fraude, desvio de dinheiro público e corrupção enquanto exercia o cargo de prefeito do município. Ele teve a candidatura negada, mas um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal permitiu que ele voltasse à disputa.
Um mandado de prisão preventiva contra o candidato chegou a ser emitido pela Polícia Federal no início de outubro. Porém, com a liberação para o segundo turno, o ex-prefeito não pode ser preso. Se sair vitorioso, Muniz também não será detido, já que terá foro privilegiado.
“Isso é uma manobra dos conservadores para bagunçar o período eleitoral e não deixar iniciativas progressistas tomarem força. Quem deveria estar concorrendo nessa fase das eleições é a Leninha, que ficou em terceiro lugar”, declara Érika Rodrigues, militante do Levante Popular da Juventude. Leninha foi a escolha do PT para este ano, e obteve 36.030 dos votos. Humberto Souto teve 76 mil votos e Muniz foi votado por 48.834 pessoas.
Até o fechamento desta edição, o Tribunal Regional Eleitoral de Montes Claros não atendeu à reportagem.
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