O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu suspender por dez dias a votação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para abrir ou não o processo contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Deputados devem autorizar se o nome do governador continua entre os investigados da Operação Acrônimo.
A liminar do ministro Herman Benjamin, concedida na terça-feira (22), suspende a continuidade da análise que estava em discussão no Plenário, a fim de que os parlamentares analisem a documentação enviada pelo STJ. Do prazo de 15 dias pedido pela oposição, o ministro concedeu dez dias. Não houve anulação dos trâmites anteriores e a votação final deve acontecer em 30 dias.
Esta é a terceira ação na Justiça movida pelos deputados das bancadas de oposição ao governador. Outras duas já foram perdidas no Tribunal de Justiça de Minas Gerais com o objetivo de paralisar o processo. Segundo o desembargador Estevão Lucchesi, os parlamentares estariam com atitudes de “má-fé”.
Aliados de Pimentel querem agilidade
Os deputados da base parlamentar afirmam que o adiamento é uma forma de travar as ações do governo do estado, uma vez que a Assembleia Legislativa não aprova outros projetos enquanto este permanece em pauta. Isso significaria ainda uma repetição do impeachment de Dilma Rousseff, chamado por eles de golpe. Se Pimentel, que é do PT, sai do governo, quem assume é Antônio Andrade, do PMDB. É a mesma situação ocorrida no governo federal.
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