A equipe de transição do prefeito eleito em BH, Alexandre Kalil (PHS), anunciou uma nova proposta para a prefeitura. Das 22 secretarias hoje existentes, serão extintas nove e outros seis órgãos que possuem “status” de secretaria. Segundo integrante da equipe, o governo pretende economizar gastos e aumentar a eficiência do poder municipal.
As pastas excluídas são as Secretarias de Administração Regional Municipal, as chamadas “regionais” do Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda Nova, que se tornam secretarias adjuntas. A BHTrans, a Belotur e a PRODABEL (Empresa de Informática e Informação) serão reformuladas, mas seu formato final ainda não foi anunciado. A empresa PBH Ativos deve ser extinta.
Outros seis órgãos que possuíam quantidade de funcionários e salários equiparados com secretarias passam também por reformulação. Segundo Iran Barbosa, ex-vereador e um dos membros da equipe que pensou a nova proposta, essa etapa eliminaria 900 postos. “Isso vai remover cargos que funcionavam como compensações partidárias”, justifica.
Novos secretários
Os nomes escolhidos para as secretarias municipais sinalizam uma equipe com perfil técnico, com pessoas que já participaram de governos municipais, estadual e federal. Há indicações de partidários, ou próximos, tanto do Partido dos Trabalhadores (PT) quanto do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). “Eu classificaria essa equipe de liberal de centro”, analisa o cientista social Robson Sávio. “Possui pessoas tanto de centro-esquerda quanto de centro-direita”.
Velhas promessas
Segundo Robson, que estuda a política municipal no Núcleo de Estudos Sociopolíticos (NESP) da PUC Minas, o fundamental neste momento é recordar as principais promessas de Alexandre Kalil. “Ele se comprometeu a abrir a caixa preta da BHTrans, ou seja, abrir as planilhas de lucro das empresas; ‘cuidar’ bem dos servidores públicos; reforçar políticas LGBT; acabar com as PPPs municipais; e extinguir a PBH Ativos”, lembra.
Em sua campanha, Kalil também se aproximou das ocupações urbanas de Belo Horizonte, assim como de organizações que reivindicam qualidade no transporte público, saúde e assistência social.
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