O saco de maldades do governo golpista de Michel Temer está cheio e sendo apresentado à sociedade sem nenhum debate. Os golpistas justificam que, para sairmos da crise econômica, o remédio é o ajuste fiscal, a redução de gastos com saúde, educação e a retirada de direitos historicamente construídos com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras. A crise é do sistema capitalista, mas o governo não eleito e seus aliados querem que os trabalhadores e os mais pobres paguem a conta.
Em parceria com os grandes meios de comunicação e o capital internacional, os golpistas inventam um déficit previdenciário; dizem que o problema está na arrecadação ou até na expectativa de vida das pessoas. Fingem não saber que as mulheres trabalham, em média, dez horas a mais por semana, e propõem igualar o tempo de contribuição e a idade para aposentadoria entre homens e mulheres. Propõem que o trabalhador do campo, apesar das suas condições muito mais difíceis de trabalho, tenha que contribuir pelo mesmo tempo que o trabalhador da cidade.
Tudo isso não passa de conversa fiada. Não há déficit da Previdência. O que há é grande vontade dos bancos e seguradoras em abocanhar o mercado previdenciário. São bilhões de reais em jogo. A sociedade não pode permitir.
Reação
Em contraposição, há uma movimentação na sociedade que nos enche de esperança, iluminando as contradições dessas propostas contra o povo. O saco de maldades está sendo furado. Existe uma grande movimentação para barrar as inciativas do atual governo, golpista e ilegítimo.
Além das grandes mobilizações que aconteceram nos dias 8, 15 e 31 de março, outro bom exemplo é a nota que os bispos da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) lançaram contra a reforma da Previdência. Na mensagem, os religiosos destacam: “é indispensável que a sociedade seja ouvida e que se criem mecanismos de participação dos cidadãos nesse processo de reforma previdenciária”. Nesse ponto, eles se alinham ao discurso do Papa Francisco sobre a Previdência social, na Praça São Pedro, em novembro de 2015, quando afirmou: “nunca falte o seguro para a velhice, a doença, os acidentes de trabalho; não falte o direito à pensão”.
A saída do povo trabalhador é a luta, a organização e a conscientização. Por isso, no dia 28 de abril, ninguém deve ir trabalhar. É dia de greve nacional, convocada pela Frente Brasil Popular e pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência, a terceirização e a reforma trabalhista.
Edição: Joana Tavares