O moribundo governo ilegítimo de Temer sobrevive graças às suas alianças espúrias com uma maioria conservadora no Congresso Nacional, devidamente alinhados para mutilar direitos previdenciários, trabalhistas e entrega das riquezas do país, bem como pela conveniência dos poderes do judiciário.
As reações organizadas por trabalhadores acumulam forças para mudanças deste cenário. Os atos culturais no Rio de Janeiro e São Paulo reuniram milhares de pessoas entoando Fora Temer e Diretas Já. Diversos atos como esses estão sendo organizados por todo país. Em Belo Horizonte acontecerá na sexta, dia 16 de junho, 19 horas na Praça da Estação. O ato faz parte da programação do Congresso da UNE que ocorre em BH entre 14 a 18 de junho em Belo Horizonte, com previsão de reunir mais de 8 mil jovens de 2553 universidades.
Ainda dentro do calendário de mobilização contra as reformas, as centrais sindicais e a Frente Brasil Popular definiram o 30 de junho como dia de greve geral. Será a segunda greve nacional em dois meses. Na última, dia 28 de abril, a paralisação atingiu todo o país e fez o governo recuar em muitos pontos da reforma da Previdência.
Plano Popular de Emergência contra a crise
Outra iniciativa que tem aglutinado muita força é o Plano Popular de Emergência, elaborado também pela Frente Brasil Popular que congrega mais de 100 organizações populares nacionais. O Plano tem por objetivo apresentar proposta para tirar o Brasil da crise e reúne 77 medidas estruturadas em nove eixos, contemplando ações sobre a democratização do Estado, a política de desenvolvimento, emprego e renda, a reforma tributária e os direitos sociais e trabalhistas.
Os golpistas insistirão na manutenção de seus interesses econômicos e políticos a qualquer custo. Vale recordar o editorial de 27/01/84 de O Globo que, diante da crescente mobilização de milhões de brasileiros por Diretas Já, considerava as eleições diretas como “caminhos perigosíssimos” para abertura democrática. Reproduziam e reproduzem, ainda hoje, a prática das elites e do poder econômico em coagir e restringir a participação do povo nas decisões sobre os rumos do país.
A solução para a crise é a saída de Temer, a convocação de eleições imediatas para o Congresso e a Presidência da República e a necessária construção de uma reforma política por meio de uma assembleia constituinte soberana.
Edição: Frederico Santana