Minas Gerais

Reformas

Sua vida e da sua família correm perigo

Greve pode barrar retrocessos

Belo Horizonte |
Imagine você o cenário: sem CLT, sem Justiça do Trabalho e sem sindicatos
Imagine você o cenário: sem CLT, sem Justiça do Trabalho e sem sindicatos - Vitor Teixeira

A reforma trabalhista proposta pelo governo em nome da burguesia brasileira propõem a supressão dos direitos garantidos na CLT. E isso não é exagero. Querem que a negociação entre patrões e empregados valha mais que a lei. Ou seja, uma vez “negociado”, o que for “acordado” entre patrões e empregados pode suprimir direitos. A reforma trabalhista desmonta e tira todo o poder da Justiça do Trabalho. Fragiliza, ataca e retira a capacidade de atuação dos sindicatos. 
Imagine você o cenário: sem CLT, sem Justiça do Trabalho e sem sindicatos. Os patrões vão nadar de braçada. Claro que o discurso é outro. Para eles é modernização. Balela. As medidas são uma ponte para o passado escravista. Com o desemprego, crises e a enorme desigualdade social do Brasil, os trabalhadores serão forçados a aceitar baixos salários, supressão do descanso remunerado, aumento da jornada de trabalho, condições degradantes de trabalho, parcelamento das férias... e a lista vai longe. 
Parece uma loucura, mas não é. As medidas foram minuciosamente pensadas pelos patrões, juízes alinhados a eles e “especialistas”. E a loucura calculada não para por aí. Apesar de comprovado que não há déficit na Previdência, querem impedir que as pessoas se aposentem. A grande maioria dos brasileiros não alcançará a idade mínima e tempo de contribuição para se aposentar. 
E tem mais. Aprovaram ainda no ano passado o congelamento dos gastos com saúde, educação, segurança pública por longos 20 anos. O recurso que já é pouco para essas áreas será ainda menor a cada ano. São medidas de ódio. Uma reação da nossa burguesia a algumas melhorias, políticas sociais e medidas de inclusão. A classe dominante não gosta de pobres.
Visualize o cenário sombrio. Sem direitos trabalhista, sem aposentadoria, sem saúde e educação. O país será todo ele uma barbárie.
É possível barrar os retrocessos
Não estamos diante de uma luta qualquer. Não é mais uma luta como outras. As medidas não afetam só a curto prazo, mas a todas as gerações futuras. Nós, nossos filhos e netos corremos sérios riscos. 
Eles – os que deram o golpe em 2016 para colocar em prática essas medidas - se enfraqueceram e estão divididos. Devemos aproveitar o momento. Enfraqueceram-se graças as muitas mobilizações contra as reformas. Foi muito vitoriosa a greve geral de 28 de abril. Novamente, dia 30 de junho é dia nacional de greve e mobilizações. Precisamos todos fazer greve e ir à rua. 
 

Edição: Frederico Santana