Mais de 15 mil pessoas e 70 toneladas de alimentos orgânicos e agroecológicos vendidos. O saldo da edição belo-horizontina do Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária é positivo, conforme balanço realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No palco, que homenageou o cantor Vander Lee, se apresentaram 213 artistas de 50 grupos diferentes, que alegraram os três dias de feira com muita música e cultura popular.
Bruno Diogo, do MST, avalia que o evento é fundamental no diálogo com a sociedade sobre a importância de se consumir alimentos saudáveis, agroecológicos e orgânicos, e também sobre a necessidade de fortalecer a cultura popular. “A gente conseguiu cumprir com essa história de juntar a feira com as intervenções artísticas e mística”, afirma.
Antes de Belo Horizonte, o evento aconteceu em Governador Valadares, Alfenas e Montes Claros e, agora, segue para Almenara, Juiz de Fora, Uberlândia e depois volta para a Região Metropolitana. De acordo com Guê Oliveira, também do MST, há a possibilidade de o evento se tornar algo permanente que faça parte do calendário oficial da cidade, principalmente devido à boa adesão do público. “Foi impressionante! Todo mundo que passava ficou muito encantado. E o nosso discurso estava ali, na prática”, ressalta.
Em 25 de novembro, o MST inaugura em BH, o Armazém do Campo, que será um ponto fixo de comercialização de produtos beneficiados e frescos produzidos pelas cooperativas do movimento. A loja será na Avenida do Contorno com a Augusto de Lima, no Barro Preto.
Outubro é o mês da alimentação saudável
No ritmo do Circuito do MST, diversas organizações, junto com o Governo Estadual e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), realizam em outubro o Mês da Alimentação Saudável. Entre os objetivos, o estímulo do consumo de alimentos que fazem bem à saúde, da produção agroecológica e do desenvolvimento local. As atividades acontecem na Região Metropolitana até o dia 28.
Beatriz Carvalho, assessora da Subsecretaria de Segurança Alimentar da PBH, explica que o mês se relaciona com o 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Para este ano, a entidade escolheu o tema “Mude o futuro da migração. Investir na segurança alimentar e no desenvolvimento rural”.
Para Beatriz, enfrentar os desafios da migração no mundo, envolve investir em segurança alimentar, na agricultura familiar e no desenvolvimento sustentável. “Essa é uma forma de minimizar o impacto sobre as populações que migram e sofrem com a exploração capitalista da alimentação, da produção e comercialização de alimentos”, afirma. (LC)
Edição: Joana Tavares