Minas Gerais

Cultura

Circuito da Reforma Agrária vende 70 toneladas em BH

Com participação de mais de 15 mil pessoas, feira teve apresentação de mais de 200 artistas

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
De 6 a 8 de outubro a Serraria Souza Pinto sediou o evento
De 6 a 8 de outubro a Serraria Souza Pinto sediou o evento - Mídia Ninja

Mais de 15 mil pessoas e 70 toneladas de alimentos orgânicos e agroecológicos vendidos. O saldo da edição belo-horizontina do Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária é positivo, conforme balanço realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No palco, que homenageou o cantor Vander Lee, se apresentaram 213 artistas de 50 grupos diferentes, que alegraram os três dias de feira com muita música e cultura popular. 

Bruno Diogo, do MST, avalia que o evento é fundamental no diálogo com a sociedade sobre a importância de se consumir alimentos saudáveis, agroecológicos e orgânicos, e também sobre a necessidade de fortalecer a cultura popular. “A gente conseguiu cumprir com essa história de juntar a feira com as intervenções artísticas e mística”, afirma. 

Antes de Belo Horizonte, o evento aconteceu em Governador Valadares, Alfenas e Montes Claros e, agora, segue para Almenara, Juiz de Fora, Uberlândia e depois volta para a Região Metropolitana. De acordo com Guê Oliveira, também do MST, há a possibilidade de o evento se tornar algo permanente que faça parte do calendário oficial da cidade, principalmente devido à boa adesão do público. “Foi impressionante! Todo mundo que passava ficou muito encantado. E o nosso discurso estava ali, na prática”, ressalta.

Em 25 de novembro, o MST inaugura em BH, o Armazém do Campo, que será um ponto fixo de comercialização de produtos beneficiados e frescos produzidos pelas cooperativas do movimento. A loja será na Avenida do Contorno com a Augusto de Lima, no Barro Preto.

Outubro é o mês da alimentação saudável

No ritmo do Circuito do MST, diversas organizações, junto com o Governo Estadual e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), realizam em outubro o Mês da Alimentação Saudável. Entre os objetivos, o estímulo do consumo de alimentos que fazem bem à saúde, da produção agroecológica e do desenvolvimento local. As atividades acontecem na Região Metropolitana até o dia 28.

Beatriz Carvalho, assessora da Subsecretaria de Segurança Alimentar da PBH, explica que o mês se relaciona com o 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Para este ano, a entidade escolheu o tema “Mude o futuro da migração. Investir na segurança alimentar e no desenvolvimento rural”. 

Para Beatriz, enfrentar os desafios da migração no mundo, envolve investir em segurança alimentar, na agricultura familiar e no desenvolvimento sustentável. “Essa é uma forma de minimizar o impacto sobre as populações que migram e sofrem com a exploração capitalista da alimentação, da produção e comercialização de alimentos”, afirma. (LC)

Edição: Joana Tavares