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Artigo | O gramado não é para mulheres?

Demissão de Emily Lima, apesar de seu bom aproveitamento, levanta questões sobre machismo

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
- Fernanda Coimbra / CBF

Depois de 30 anos sob o comando de homens, a seleção feminina de futebol foi treinada por Emily Lima, ex-jogadora que atuou em times do Brasil e da Europa.

A primeira treinadora foi demitida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia 22 de setembro, apesar da tentativa das jogadoras da Seleção de pedirem a sua manutenção.

No período de dez meses em que treinou a seleção, Emily e as jogadoras disputaram 13 jogos. Deste total, foram sete vitórias, um empate e seis derrotas para times fortes, como os Estados Unidos e a Austrália.

A pouca permanência da técnica e a não justificativa da CBF com relação à demissão levanta a questão se o gramado é espaço para as mulheres. É bom lembrar que o time ficou na quarta colocação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, mas, mesmo assim, sofre com a falta de investimentos a longo prazo.

Apesar da demissão, as mulheres continuam com a bola no pé e jogadoras como a Marta, sem holofotes da mídia e do público, comemoram 13 indicações como melhor jogadora do mundo pela FIFA.

Edição: Wallace Oliveira