A cada dia é adicionado um novo ingrediente no caldeirão de maldades da classe dominante colocado à mesa para o povo brasileiro pelo golpista Michel Temer. A maldade da vez, que novamente tenta ser colocada no caldeirão, é o ataque às aposentadorias através da reforma da Previdência. Será que este é o ingrediente que vai entornar o caldeirão? Os trabalhadores já apontam um caminho para que isso ocorra: fazer greve e pressão nas ruas, a partir do dia 5 de dezembro.
Neste caldeirão, muitos direitos já foram cortados. Em menos de dois anos de golpe, Temer congelou os gastos em saúde e educação; cortou programas sociais que garantiam renda, alimentos, moradia e direitos básicos; foram criadas condições para ampliar a terceirização, aumentar o poder dos patrões sobre os trabalhadores, aumentar jornadas de trabalho, com a reforma trabalhista e o desmonte da CLT. Isso sem falar nos ataques para desmontar o Brasil, fragilizando o Estado, a democracia, a soberania, entregando empresas, petróleo, energia, terras, água do povo para empresas transnacionais, tentando dificultar que o povo brasileiro seja capaz de construir um projeto de desenvolvimento independente.
Afronta aos trabalhadores
Somado a isso, o novo “ingrediente do mal”, a reforma da Previdência, se aprovada, vai impossibilitar que muita gente se aposente, fazer com que o tempo mínimo de trabalho seja de 40 anos, e a idade mínima para se aposentar seja 65 anos, além de aumentar a exploração das mulheres e dos agricultores. É uma afronta às pessoas que doaram suas vidas para construir o Brasil e merecem descansar, é um ataque aos trabalhadores de hoje e aos seus filhos e netos.
A questão é que este ingrediente tem um potencial explosivo. No início de 2017, esta mesma reforma provocou a fervura do sangue dos trabalhadores brasileiros, levando à maior Greve Geral da história do Brasil, no dia 28 de abril. Agora a pretensão dos golpistas é votar a reforma da Previdência no dia 6, na Câmara dos Deputados. As organizações populares e sindicatos já apontaram um novo início desta batalha para o dia 5: uma nova greve, com mobilizações já preparadas para todo o país. Este pode ser o início do entornar do caldeirão, o início do acerto de contas com os exploradores do povo.
Já sentimos na pele os impactos dos ataques que sofremos, o retorno da fome e da miséria, o desemprego, a piora nas condições de trabalho, o aumento do preço do gás, luz, água, a perda dos direitos, da soberania e da democracia. Não vamos aceitar mais este ataque! Agora é a hora de entornar o caldeirão. É a hora de todo o povo brasileiro, que constrói com sangue e suor este país, assumir a história nas mãos, mostrando o seu tempero, seu calor, sua cor, seu sabor. Destruir o caldeirão, revogar as maldades e construir uma nação que sirva de fato ao seu povo.
Edição: Joana Tavares