Milhares de pessoas são esperadas para a tradicional Missa do Trabalhador, que acontece na terça-feira, dia 1º de maio.
A celebração costuma reunir anualmente cerca de 10 mil trabalhadores e será realizada a partir das 7h30, na Praça da Cemig, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
História
A tradição começou em 1968, quando religiosos do bairro Vale do Jatobá iniciaram as movimentações para a criação de uma cerimônia que se atentasse para as causas sociais e para os problemas do povo da região. Mas foi só em 1976 que a missa se consolidou, atraindo adeptos de diversas vilas e favelas, interior de Minas Gerais e também sindicatos e movimentos populares.
É costume um ato político antes da abertura de cada missa, quando as organizações se unem para lutar pelos direitos humanos. Em 2018, o ato aborda a retirada de direitos no governo de Michel Temer (MDB), como as reformas trabalhista e previdenciária, e também defende a democracia e a liberdade do ex-presidente Lula.
Wagner José de Oliveira, que é da Pastoral Social e Política da Região Nossa Senhora Aparecida, órgão responsável pela organização, explica que a celebração existe para reafirmar a base da doutrina cristã: a dignidade.
"O principal objetivo é celebrar a fé, mas é o momento em que a igreja se mostra, se faz presente ao lado dos trabalhadores na busca de oportunidades e de uma vida melhor para as famílias. É para mostrar que ninguém está sozinho e que juntos podemos ter as nossas reivindicações", declara.
Edição: Joana Tavares