Faltando exatamente 19 dias para as eleições presidenciais do país, o Dia do Trabalhador foi comemorado na Venezuela com a presença de mais de 50 mil pessoas nas ruas da capital Caracas.
A participação massiva de trabalhadores, movimentos e organizações sociais nas ruas da capital demonstrou que o “chavismo” segue forte e com uma importante capacidade de mobilização. A boa presença de público demonstrou também o respaldo político de Nicolás Maduro que segundo pesquisas de opinião, possui mais de 50% das intenções de voto para presidente. Em marcha, os “chavistas” percorreram diversos locais da cidade e depois se concentraram em frente ao Parque Ezequiel Zamora para acompanhar o discurso do atual presidente.
Nicolás Maduro agradeceu a presença dos trabalhadores e felicitou-os por seu dia. “Hoje é o dia dos que produzem, dos que criam com suas próprias mãos a pátria, hoje é o dia de quem sustenta com seu trabalho o esforço diário e permanente”, disse o presidente.
O mandatário venezuelano recordou que na comemoração do dia dos trabalhadores do ano passado, o país vivia um cenário de guerra devido a ação de grupos terroristas de extrema-direita, conhecidos como “guarimbeiros”. Como saída para conquista da paz, o presidente recordou que exatamente há um ano atrás foi anunciado por ele a decisão de ativar os artigos 347 e 348 da constituição bolivariana no sentido de convocar o poder constituinte originário e eleger uma assembleia nacional constituinte. Maduro ressaltou ainda que o apoio e a participação popular foram fundamentais para derrotar a violência das guarimbas.
O presidente aproveitou a oportunidade para firmar outro compromisso: a recuperação econômica do país. “Assim como no ano passado lhes pedi que confiassem em mim, hoje lhes digo que me deem seu apoio no dia 20 de maio e derrotarei a guerra econômica”, disse Maduro. Atualmente a Venezuela sofre uma grave crise econômica, fruto das sanções e bloqueios financeiros impostos pelos EUA e União Europeia.
Sempre atento e consequente com a política latino-americana, Nicolás Maduro enviou uma saudação fraterna ao ex-presidente Lula e um abraço solidário a classe trabalhadora brasileira e argentina que se encontram em luta contra governos neoliberais.
Caio Clímaco é cientista do Estado e mestrando em Ciencias para el Desarrollo Estrategico na Universidad Bolivariana de Venezuela (UBV).
Edição: Joana Tavares