A LGBTfobia mata todos os dias, pondo fim a corpos, sonhos e projetos – e, por mais que muitas pessoas não queiram admitir, pondo fim a famílias também, apartando mães e pais de filhas e filhos que são, sim, amados. O coletivo Mães pela Diversidade surge para reafirmar este amor e ratificar que a vida das pessoas LGBT importa.
O Brasil é o 1º no ranking mundial da violência contra pessoas LGBT. Entre 2016 e 2017, foram 445 mortes, entre assassinatos e suicídios. E os números de 2018 já são desoladores: pelo menos 126 LGBT foram mortos só no primeiro trimestre. E Minas Gerais é o 2º estado brasileiro que mais mata nossxs filhxs. A cada 19 horas, uma pessoa pode entrar para as estatísticas.
Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, seguimos os trâmites da Proposta de Emenda à Lei Orgânica 3/2017, que proíbe discussões sobre gênero, orientação sexual e construção da identidade de gênero nas escolas. Os partidários deste projeto se dizem defensores da família, como se pessoas LGBT não a tivessem. Pois esta família existe e ela está lutando pelo direito de permanecer unida, feliz e viva! Nós, mães e pais, reivindicamos um modelo de educação que não incite a violência e o desrespeito e, sobretudo, um modelo que não ensine nossas filhas e filhos a sentirem medo ou vergonha de ser quem são.
Apesar deste cenário tão desolador e sombrio, nós somos levadas pelo entusiasmo de quem não tolera mais a dor e as perdas que a LGBTfobia traz a nossas famílias todos os dias. Nosso amor se transformou em ação e, antes que o preconceito e a violência atinjam nossas filhas e filhos, precisarão primeiro passar por cima das Mães pela Diversidade! Tire o preconceito do caminho, vamos passar com o nosso amor!
Edição: Joana Tavares