Completou-se mais de uma semana de greve dos caminhoneiros, foram mais de 300 pontos de paralisações nas estradas que concentravam caminhões e carretas carregadas de produtos por todo o país.
Toda a sociedade brasileira sentiu os efeitos da paralisação, nos mercados começaram a faltar determinados produtos alimentícios e o esgotamento dos combustíveis nos postos de abastecimento gerou uma grande perturbação na vida do povo. Devido à falta de combustível, universidades, escolas públicas e privadas suspenderam as aulas. Em Minas Gerais, várias prefeituras e o governo do estado decretaram ponto facultativo nas repartições públicas até o dia 1 de junho.
A paralisação dos caminhoneiros é uma movimentação heterogênea, composta por caminhoneiros autônomos e patrões de empresas transportadoras. Por isso, a pauta de reivindicações nem sempre é colocada de forma clara. Por um lado, está o empresariado defendendo uma pauta liberal, que diminua a tributação no diesel para maximizar os lucros das empresas transportadoras; por outro, estão os caminhoneiros autônomos que, além de pautarem a redução do preço do diesel, reivindicam uma ampla pauta de melhorias das condições de trabalho da categoria.
Pedro Parente deve ser deposto do comando da Petrobras
Temos feito uma cobertura que mostra os reais motivos dos aumentos abusivos dos preços de gás de cozinha, gasolina e diesel, e como esses aumentos estão diretamente relacionados à atual direção política da Petrobras e seu interesse em privatizá-la.
Uma das primeiras medidas do governo ilegítimo de Temer foi empossar Pedro Parente como presidente da Petrobras. Parente é nome de confiança do mercado financeiro, foi ministro de Minas e Energia de FHC e responsável pelo famigerado apagão em 2001. Ele assume a direção da estatal com a missão clara de abrir caminhos para a exploração do pré-sal pelo capital estrangeiro, desmontar e privatizar a Petrobras.
Pedro Parente é o representante dos interesses das multinacionais petrolíferas no Brasil e, por isso, deve ser deposto imediatamente do comando da Petrobras.
Entre os dias 30 de maio a 1 de junho, os petroleiros de todo o Brasil realizarão uma histórica greve em defesa da Petrobras. É fundamental que todo o povo brasileiro se solidarize e some forças com os petroleiros pela mudança imediata da política de preços dos combustíveis, pelo fortalecimento da estatal, contra a privatização, pela deposição de Parente e libertação de Lula. Vamos à luta!
Edição: Joana Tavares