Minas Gerais

ELEIÇÕES

Dilma reafirma candidatura ao Senado por Minas Gerais

Golpe e prisão de Lula foram dois motivos determinantes para que ex-presidenta decidisse se candidatar

Belo Horizonte |
Decisão foi anunciada pela ex-presidenta na quinta-feira, após reunião com lideranças do PT em Belo Horizonte
Decisão foi anunciada pela ex-presidenta na quinta-feira, após reunião com lideranças do PT em Belo Horizonte - Ricardo Stuckert

O anúncio ocorreu após reunião do PT, a portas fechadas, em um hotel da região centro-sul de Belo Horizonte na noite desta quinta-feira (28). O governador Fernando Pimentel, os deputados estaduais André Quintão, Durval Ângelo, Rogério Correia e Ulisses Gomes, e os federais, Adelmo Carneiro Leão e Patrus Ananias, foram algumas das lideranças petistas que estiveram no evento, cujo objetivo era discutir a candidatura da ex-presidenta ao Senado.

Dilma disse estar disposta a pleitear uma cadeira no Congresso em virtude de eventos recentes, como a prisão do ex-presidente Lula. “Eu não vou me furtar de participar dessa luta [as eleições]”, apontou.

Sobre os motivos que a levaram a escolher Minas Gerais para concorrer, ela afirmou: “eu nasci aqui. Podem falar o que quiserem. Eu não saí daqui [do Estado] por vontade própria, mas porque fui perseguida pela ditadura militar”, respondeu.

Na opinião de Dilma, as eleições de 2018 têm importância especial, pois podem barrar as consequências do golpe de 2016. Sem dar muitos detalhes sobre suas propostas, a petista esboçou que seu projeto ao Senado será o incentivo ao desenvolvimento econômico e combate às desigualdades.

Candidatura de Pimentel
O deputado estadual Durval Ângelo comentou a candidatura à reeleição de Fernando Pimentel (PT) ao comando do Palácio da Liberdade. “O candidato nosso a governador é Fernando Pimentel. Ele vem muito com muito ‘gás’, os adversários vão se surpreender”, apontou.

O líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) afirmou que atualmente ocorrem conversas para alianças com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e o Partido Humanista da Solidariedade (PHS), partido do atual chefe do executivo municipal, Alexandre Kalil.

Durval indicado ao TCE
Em conversa com a imprensa, no hall de entrada do hotel, Durval ainda comentou sobre sua indicação para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado Minas Gerais (TCE-MG), órgão de fiscaliza e controla as contas do Executivo estadual. Mediante o falecimento da conselheira Adriene Andrade, em abril, uma vaga ficou vazia no órgão, onde o governador possui a prerrogativa de indicar três conselheiros. Nesta quinta-feira (28), Pimentel indicou Durval para a vaga, em mensagem encaminhada à Assembleia.

“Eu tinha uma eleição garantida, mas eu acolho essa posição do governador”, confirmou sua disposição para a vaga no TCE. Durval assegurou possuir todos os requisitos para ser um conselheiro do Tribunal, como a idade mínima de 35 anos e máxima de 65 anos, ser ficha-limpa e ter, no mínimo, 10 anos de atuação em atividades públicas.A apreciação por parte do Legislativo sobre a indicação de Durval deve respeitar o rito legislativo. O Plenário da ALMG faz a leitura da mensagem encaminhada pelo Executivo e é instalada uma comissão especial, com cinco membros, para sabatinar o nomeado. Entre os cinco, um é escolhido para ser o relator da sabatina, que deve opinar pela nomeação ou não. Em seguida, o parecer do relator é dirigido à apreciação do plenário, composto por 77 deputados. Para ser nomeado pelo governador, é preciso que 39 parlamentares votem favoráveis.

Edição: Joana Tavares