Salve, salve meu povo! Tudo bem aí?
Chega ao fim mais uma copa do mundo e o campeão neste domingo (15) é uma seleção europeia. Já é a 4ª conquista consecutiva do Velho Continente, coisa que nunca havia ocorrido na história dos mundiais. Será que, assim como acontece entre os clubes, veremos cada vez mais desigualdade entre as seleções europeias e as seleções de outras partes do mundo? É realmente um tema interessante para se pensar.
Grandes estrelas do futebol mundial ainda são jogadores latinos. No entanto, o talento individual dos sul-americanos não tem sido suficiente para superar o jogo coletivo das seleções europeias. Se o tiki taka espanhol já era enaltecido bem antes de 2010, a Copa da Rússia, ao apresentar a Inglaterra como uma das semifinalistas, dá destaque a uma seleção que tem investido nas categorias de base e ganhado muitos torneios entre os jovens.
Ao mesmo tempo, os principais mercados têm levado nossos jogadores cada vez mais cedo, fazendo com que uma parte importante de sua formação seja feita longe daqui. Desse modo, nossos clubes endividados são presas fáceis para a sanha dos grandes europeus, ao mesmo tempo em que não contamos com organização suficiente para competir com o chamado futebol moderno, de força e ocupação de espaços demonstrado pela França.
A nossa tradição futebolística impede, por exemplo, que a Seleção Brasileira abra mão da posse de bola e não seja um time que busque o jogo, modelo que sai vitorioso nesse mundial. O poderio econômico do futebol europeu tem cada vez mais andado de mãos dadas com um estilo de jogar que domina a cena.
Desse modo, a desigualdade econômica aumenta a distância entre os clubes de futebol, enquanto as seleções europeias se distanciam por suas concepções de jogo, sendo que, evidentemente, uma situação acaba por influenciar a outra.
Edição: Wallace Oliveira