O voto é um instrumento valioso de exercício de cidadania diante do desemprego, da entrega do nosso patrimônio, da ameaça à soberania nacional, do fim de direitos da classe trabalhadora, da redução de investimentos na saúde, educação e segurança públicas. Mas na onda de usurpação de direitos, o direito ao voto também está em risco.
Não faltam oportunistas de plantão na mídia fazendo de tudo para que você desista também do direito ao voto. Querem que você acredite que o país não tem jeito, que você deve é ficar quieto, trabalhar feito escravo, receber uma ninharia e ainda achar que está muito bom conseguir sobreviver.
Tudo isso faz parte do golpe Legislativo, Jurídico e midiático, que começou logo depois das eleições, quando Dilma foi eleita presidenta e a turma perdedora não conseguiu engolir. Arquitetaram o golpe com a demonização da esquerda e da política, a satanização de Dilma Rousseff e o impeachment em 2016, a prisão sem provas de Lula, em ações que fizeram com que hoje vivamos um dos maiores retrocessos econômico, social e cultural da história do país.
Parece que estamos voltando ao século 19 nas relações de trabalho, com a reforma trabalhista, que precarizou o emprego, acabou com vagas e provocou índices de desemprego alarmantes. A despolitização do processo eleitoral faz parte do golpe para que, novamente, você não escolha seus representantes no Congresso Nacional, permitindo que sua composição continue a mesma: conservador, comprometido com o lucro de poucos, a concentração de renda, mesmo que isso represente a miséria do povo.
O voto foi uma conquista de muita luta e do derramamento de sangue de muitos lutadores contra todo o tipo de opressão. Exerça seu direito ao voto!
*Rogerio Hilário é diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e assessor de comunicação da CUT MG.
Edição: Joana Tavares