A gente repara na feição do deputado, na história de vida, na família e até no currículo de processos, mas não sabe como o partido dele anda se comportando. Quem nunca caiu nesse erro? Uma “navegada” pelos sites oficiais da Câmara Federal e do Senado mostra que os políticos costumam obedecer à orientação de seus partidos na hora de votar as leis.
O Brasil de Fato MG fez um levantamento de como os partidos agiram nos principais momentos do Congresso Nacional. Depois do impeachment de Dilma Rousseff, em 2015, essas posições passaram a ser muito parecidas. Um mesmo bloco de 16 partidos votou pelo impeachment de Dilma, em seguida aprovou a terceirização, a reforma trabalhista, a PEC do corte de gastos em saúde e educação (Emenda 95), a entrega do petróleo brasileiro (PLS 131) e livraram Michel Temer de uma investigação.
Outros quatro partidos ficaram “em cima do muro”, votando ora a favor ora contra a redução de direitos dos cidadãos brasileiros. E apenas seis partidos votaram contra todas as “reformas” e medidas. Confira:
Para o levantamento dos dados, nos baseamos nas seguintes votações:
PEC DO CORTE DE GASTOS (APROVADA)
A PEC 95 proíbe que o governo aumente, por 20 anos, o investimento em saúde, educação e outros serviços públicos. Também chamada de “PEC da Morte”, foi aprovada por 21 partidos.
ENTREGA DO PETRÓLEO (APROVADA)
20 partidos votaram “sim” para que a Petrobras não tenha mais prioridade na exploração do petróleo brasileiro do pré-sal. No lugar dela, entram empresas estrangeiras.
INVESTIGAÇÃO DE MICHEL TEMER (NEGADA)
14 partidos votaram “não” à abertura de uma investigação contra o presidente não eleito Michel Temer.
Edição: Joana Tavares