Há algum tempo a ficção tem nos apresentado episódios em filmes e séries com um alto índice de audiência em que pessoas são infectadas e se transformam em “zumbis”, alienados, cegos, desiludidos e desorientados.
Nos últimos tempos em que vivemos, somos remetidos a um cenário ficcionista, triste e desolador ao vermos milhares de pares se sucumbindo a este mal. O discurso e o debate frente a ideias e verdades são repuxados e descartados, principalmente por aqueles que poderiam informar, mas que hoje se colocam a serviço da desinformação, pelo sentimento “antipetista”. Desta forma vamos presenciando o crescimento da barbárie, da violência e da intolerância.
Os ideais de um Estado democrático, igualitário e de respeito às diferenças, a busca por uma sociedade justa e menos opressora se esvai, mesmo para as partes mais perseguidas e necessitadas, como o prenúncio de real causador do caos.
Pobre democracia, que se vê apedrejada, enxovalhada e descartada, quando o que mais quer e quis foi dar e levar a todos os mesmos direitos.
E na vida, como na arte, buscamos incessantemente pelo antídoto que irá salvar a humanidade e resgatar os alienados desse estado que os sucumbe ao abismo.
Aos que lutam, deixo aqui o meu pedido: NÃO DESISTAM! Também como na arte, o bem sempre vence o mal.
*Érica Viana Calmon é pedagoga e administradora hospitalar
Edição: Joana Tavares