Belo Horizonte será palco de mais um ato político-cultural contra o fascismo. Desta vez, ainda com o protagonismo das mulheres, mas com a contribuição e participação de todos, a manifestação será realizada também para dizer sim à candidatura de Fernando Haddad (PT) e Manuela D'ávila (PCdoB). A concentração acontece no sábado (20), às 12h, na Praça Sete (Centro).
Mais de 20 blocos de carnaval já estão confirmados para a data. Às 13h13, os grupos se unem para, juntos, rufarem os tambores pela democracia e pela paz. Além do carnaval fora de época, várias intervenções artísticas serão realizadas ao longo do dia.
"Esse segundo ato demonstra um posicionamento significativo de enfrentamento ao fascismo. E a gente precisa demarcar que a gente tem um candidato e uma candidata que podem barrar toda essa onda de violência e de fake news que nos assola diariamente. Manu e Haddad sim para combater um projeto fascista", declara uma das organizadoras do ato e integrante de blocos de BH, Lorena Lemos. Ela garante que o ato será diverso, colorido e alegre.
Povo unido até o último momento
Essa é só uma das mobilizações que acontecem até o segundo turno das eleições, realizadas no domingo (28). No dia 27, os mesmos blocos que participam do ato “Haddad e Manu Sim” irão se dividir pelas periferias de Belo Horizonte para descentralizar a arte e dialogar com a população.
Outra iniciativa que acontece nas comunidades da capital são as chamadas Bases Populares Contra o Fascismo, ação do Coletivo Alvorada em parceria com o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Elas foram consolidadas no Alto Vera Cruz, Serra, Morro do Papagaio, Morro das Pedras, Cabana do Pai Tomás, Barreiro, Venda Nova, Barragem Santa Lúcia e bairro Goiânia.
O projeto consiste em dialogar com os moradores desses locais sobre os dois planos de governo que disputam a eleição presidencial. Para isso, ativistas batem de porta em porta, como relata o membro do Alvorada Pedro Martins. "Percebemos que nas periferias, que foi onde o governo do PT mais atuou para a diminuição da desigualdade, existe muita desinformação. É muita notícia falsa que temos que esclarecer", diz.
Ele afirma que os participantes conversam, ainda, a respeito das consequências de um possível governo de Jair Bolsonaro (PSL). "Seguimos alertando sobre o perigo de um mandato dele para essas regiões. O programa dele vem para acabar de massacrar essas comunidades, com os cortes de programas sociais e armas".
Edição: Joana Tavares