Salve, salve, rapaziada!
O futuro governo de extrema direita que assumirá o Brasil, em janeiro, promete também trazer mudanças (para pior) no mundo dos esportes. Muito possivelmente, o Ministério dos Esportes deixará de existir de forma autônoma para ser integrado ao Ministério da Educação e também da Cultura.
Caso a proposta visasse à integração entre o esporte como inclusão social à educação e à cultura, tudo bem. Contudo, o viés é o do chamado “enxugamento do Estado” que, em outras palavras significa também redução de direitos.
Caso a proposta saia do papel, programas importantes para o desenvolvimento do esporte olímpico, como o Segundo Tempo e o oferecimento de bolsas para que atletas possam treinar, serão coisas do passado. A fusão agravará ainda mais o cenário de cortes de verba nas referidas áreas, em consonância com o congelamento dos gastos públicos.
O fim do ministério dos Esportes é uma demonstração de como o fim de políticas de desenvolvimento da cidadania e de oportunidades, mais do que descaso, é fruto de um projeto segregador, e não obra do acaso.
E pensar que, no período de eleição, vimos atletas defendendo justamente o candidato que acabou se elegendo...
Edição: Wallace Oliveira