Pense numa festa que continua o ano todo, seja no calor, chuva, ou no Natal? Ele mesmo, o forrozinho. Em terras mineiras a dança ganhou muitos adeptos que têm onde forrozear quase todos os dias da semana.
O forró nasceu no Nordeste e ficou conhecido em todo o país pela voz e pela sanfona de Luiz Gonzaga quando, no início dos anos 50, as rádios começam a tocar “Asa Branca”, “Baião, “Vem Morena” e outros sucessos. Nasceu daí o Forró Pé de Serra. Geralmente é tocado com zabumba, sanfona e triângulo, e tem inspiração na vida rural do sertão. Os cantores mais conhecidos são Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Luiz Gonzaga e Carmélia Alves.
O segundo a aparecer foi o Forró Universitário, entre 1975 e os anos 2000. Conta a história que alguns grupos de forró, como o Trio Virgulino, passaram a ser contratados para tocar em festas de estudantes universitários em São Paulo. Além de divulgar o ritmo, eles influenciaram jovens músicos a seguir o mesmo caminho.
Daí, o forró começou a ter também a guitarra, o saxofone e outros instrumentos. E a dança que era o tradicional “dois pra lá e dois pra cá” evoluiu para giros e passos elaborados. As bandas que mais marcam essa época são Rastapé, Circuladô de Fulô, Forroçacana e Falamansa.
Chegam os anos 2000 e com eles muito brilho! O órgão eletrônico inaugura a terceira geração do forró, conhecida como Forró Eletrônico ou Oxente Music. As bandas crescem e chegam a 15, 20 integrantes, com o ritmo inspirado no tecnobrega e no axé. Os principais representantes dessa onda são as bandas Mastruz com Leite, Aviões do Forró, Calcinha Preta e Caviar com Rapadura.
Em BH para todo gosto
Os forrós Pé de Serra, Universitário e Eletrônico nunca mais pararam e nas festas de hoje podem aparecer separados ou juntos. O Brasil de Fato fez uma lista dos forrós que acontecem diariamente em Belo Horizonte. A capital mineira virou uma das cidades com maior número de forrós, segundo consta no site www.ondetemforro.com. Veja a lista e se programe para dançar neste final de ano!
Edição: Joana Tavares