O presidente Jair Bolsonaro (PSL) condecorou, nesta segunda (1), militares israelenses que atuaram, no mês de janeiro, em Brumadinho (MG) após o rompimento da barragem da Vale. A medalha Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul foi dada aos 136 profissionais que participaram da Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna.
No dia 29, em Brasília, o Senado Federal homenageou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais pela atuação nas atividades de busca, salvamento, resgate e recuperação das vítimas pelo rompimento da barragem no Córrego do Feijão. Segundo informações da Agência Senado, estiveram presentes na solenidade 61 militares.
Apesar das homenagens, os bombeiros mineiros, continuam recebendo salários parcelados, assim como outras categorias de servidores públicos de Minas Gerais. Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), o pagamento de abril do funcionalismo público será realizado no dia 11, quando será depositada como primeira parcela, no valor de R$ 3 mil, para os trabalhadores da segurança e da saúde. No dia 24, serão depositados em segunda parcela os valores restantes.
Negociações
Na semana passada, os servidores da segurança pública de Minas Gerais negociaram com o governo estadual uma agenda para acabar com o parcelamento salarial e garantir outros direitos à categoria. O 13º salário ainda não foi pago, mas, em nota, o governo estadual se comprometeu em pagar integralmente, no dia 21 de maio. O governo também garantiu que vai realizar os repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM), com o objetivo de normalizar os serviços de saúde, e ainda afirmou que será pago integralmente o abono de fardamento na primeira parcela do vencimento de junho deste ano.
O governo prometeu também à categoria continuar o diálogo para que seja construído um plano que vise o reajuste salarial das perdas devido à inflação e a retomada do pagamento no quinto dia útil. Segundo José Maria de Paula, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), a negociação foi importante na retomada desses direitos.
“Ainda não recebemos nada, mas pelo menos melhorou o canal de comunicação com o governo. E eu espero que ele vai nos atender, porque essa situação não tem jeito de continuar assim. Tem vários problemas na categoria, gente passando necessidade, casos de suicídio”, aponta o sindicalista.
Em audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na sexta (29), a categoria decidiu aguardar até junho para retomar as negociações. No entanto, a agenda de mobilizações será mantida. Nesta terça (2), o Sindpol organiza uma panfletagem nos aeroportos para os deputados federais que vão a Brasília. No próximo dia 10, profissionais da área da segurança se encontram na capital federal para uma manifestação nacional pela garantia de direitos.
Edição: Joana Tavares