Ajudar a população a aprender mais sobre segurança da informação e a usar ferramentas e aplicativos que protegem dados são objetivos da CriptoTrem, evento que acontece pela primeira vez em Belo Horizonte, no dia 13 de abril, no Centro de Referência da Juventude.
Organizado por entusiastas do assunto, com apoio do coletivo Intervozes e da ONG Internet Sem Fronteiras, a CriptoTrem possui uma programação totalmente gratuita – com debates, oficinas, rodas de conversa, palestras e uma festa – que pretende contemplar o público iniciante, além de técnicos, programadores e hackers.
Luísa Cortes Grego afirma que o evento é indicado para toda a população, uma vez que esse debate ajuda a entender quais são as reais ameaças à privacidade e o que pode ser feito daqui para frente. “A gente sabe que essas ferramentas ficam muito restritas a um grupo mais técnico de pessoas que estudam a computação, mas isso não é bom, porque a segurança da informação é muito importante para todo mundo, principalmente para proteger nosso direito fundamental da privacidade”, ressalta.
Com o tema “BH pela privacidade, igualdade e liberdade na rede”, a CriptoTrem é parte de um movimento internacional de eventos, chamados CriptoFestas, que difundem práticas sobre autodefesa no espaço digital.
Ausência de privacidade
Vigilância em massa, segundo a organização britânica Privacy International, pode ser entendida como a coleta geral de dados de uma população. Empresas e governos por todo o mundo têm usado a internet para este fim, coletar dados que permitem, por um lado vender mais produtos e serviços especializados e, por outro, vigiar e espionar pessoas.
“Nós estamos sendo assistidos, nossos dados estão sendo coletados por todo mundo e nós não temos controle sobre isso. Não sabemos quais dados estão sendo coletados, de que forma eles estão sendo usados. Se acontece uma virada, que agora tem se tornado cada vez mais provável, em que o Estado para de proteger o cidadão e começa a persegui-lo, ele tendo todas as nossas informações, a gente fica muito mais vulnerável”, discute Luísa.
Programação
Durante treze horas, a CriptoTrem terá atividades técnicas e debates mais políticos, como ciberfeminismo, monopólios digitais, políticas de inclusão digital, software livre e aplicativos seguros. O evento começa a partir das 9h, na Rua Guiacurus, 50, no Centro. Não é necessário fazer inscrição. Mais informações em criptotrem.org.
Serviço
O que: CriptoTrem
Quando: 13 de abril, às 9h
Onde: Centro de Referência da Juventude (Rua Guiacurus, 50, ao lado da Praça da Estação)
Quanto: Gratuito e não é necessário fazer inscrição
Edição: Joana Tavares