A reforma da Previdência, que não foi aprovada no governo Temer, voltou ainda pior pelas mãos do governo Jair Bolsonaro (PSL). Diversas organizações e movimentos, entre elas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), especialistas da área econômica e do direito previdenciário, afirmam que a Proposta de Emenda Constitucional 06, a reforma da Previdência, traz severos prejuízos aos trabalhadores e trabalhadoras.
Os deputados federais estavam demonstrando negação à PEC, mas o cenário passou a mudar quando, no final de abril, o governo de Bolsonaro entrou no “toma lá dá cá”, que ele tanto criticou durante a campanha. O ministro Onyx Lorenzoni ofereceu R$ 40 milhões em emendas para cada deputado que votar a favor da reforma. Os deputados que não a aprovarem continuariam com os R$ 15 milhões para os quatro anos.
E aí, será que seu deputado entrou nesse time? Veja a posição dos deputados federais eleitos por MG, em levantamento feito pelo jornal Estado de S. Paulo, com a posição de cada um:
A FAVOR
Bilac Pinto DEM
Cabo Junio Amaral PSL
Charlles Evangelista PSL
Delegado Marcelo Freitas PSL
Diego Andrade PSD
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PROS
Fábio Ramalho MDB
Franco Cartafina PP
Hercílio Coelho Diniz MDB
Lafayette de Andrada PRB
Lucas Gonzalez NOVO
Luis Tibé AVANTE
Mário Heringer PDT
Marcelo Aro PP
Paulo Abi-Ackel PSDB
Stefano Aguiar PSD
Tiago Mitraud NOVO
Zé Silva SD
INDECISOS
Aécio Neves PSDB
Alê Silva PSL
Dimas Fabiano PP
Domingos Sávio PSDB
Dr. Frederico PATRI
Emidinho Madeira PSB
Enéias Reis Suplente PSL
Euclydes Pettersen PSC
Fred Costa PATRI
Gilberto Abramo PRB
Greyce Elias AVANTE
Igor Timo PODEMOS
Léo Motta PSL
Lincoln Portela PR
Misael Varella PSD
Newton Cardoso Jr MDB
Pinheirinho PP
Zé Vitor PMN
CONTRA
André Janones AVANTE
Áurea Carolina PSOL
Júlio Delgado PSB
Leonardo Monteiro PT
Margarida Salomão PT
Mauro Lopes MDB
Odair Cunha PT
Padre João PT
Patrus Ananias PT
Paulo Guedes PT
Reginaldo Lopes PT
Rodrigo de Castro PSDB
Rogério Correia PT
Subtenente Gonzaga PDT
Vilson da Fetaemg PSB
Weliton Prado PROS
“Quem vota, não volta”
A população brasileira fez uma grande pressão em seus deputados e senadores em 2017. No dia 28 de abril, trabalhadores realizaram a maior greve geral da história brasileira, paralisando por um dia os serviços, principalmente nas grandes cidades. Outro ponto forte foi a divulgação das listas de deputados que eram a favor da Reforma.
O objetivo foi alcançado. Os parlamentares desistiram de votar a reforma da Previdência naquele ano e muitos deles ficaram “queimados” e tiveram uma votação baixa. Em Minas, 70% dos deputados que não se reelegeram tinham votado a favor da reforma da Previdência de Michel Temer.
Greve Geral no dia 14 de junho
Sete centrais sindicais convocam todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras a não trabalharem no dia 14 de junho, uma terça-feira. O objetivo é exigir a retirada da reforma da Previdência da pauta do Congresso Nacional. A greve foi anunciada no Dia do Trabalhador, 1º de maio, em uma manifestação de 200 mil pessoas na cidade de São Paulo.
Edição: Elis Almeida