Minas Gerais

Conquista

Pressão popular garante 3% da publicidade do governo mineiro para comunicação pública

Verba continuará a ser destinada para Rede Minas e Rádio Inconfidência

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Manifestantes acompanharam a votação na assembleia legislativa, nesta quinta-feira (18)
Manifestantes acompanharam a votação na assembleia legislativa, nesta quinta-feira (18) - Foto: Sarah Torres/ALMG

Os deputados estaduais derrubaram o veto de Romeu Zema (Novo) à emenda da reforma administrativa que destina 3% da verba de publicidade do governo para a Rádio Inconfidência e Rede Minas. A votação foi realizada nesta quinta-feira (18), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e considerada uma grande vitória dos comunicadores e da população.

Entenda

Quando a reforma administrativa proposta por Zema estava em trâmite para ser aprovada, os deputados mineiros acrescentaram ao projeto uma emenda para tentar preservar a comunicação pública do estado. Ela prevê que, de todos os recursos que o governo direciona para propaganda em veículos de comunicação, fossem reservados 3% para a Rede Minas e Inconfidência. No entanto, Zema vetou a proposição. Após muita luta dos funcionários das emissoras, a ALMG anulou o veto do governador.

"Foi de fato uma grande vitória, porque estávamos recebendo migalhas. Era tudo muito pouco para o custeio, que estava praticamente travado. Com os 3%, a nossa expectativa é que consigamos manter o AM, além de pagar as dívidas e reequilibrar as contas", diz Lina Rocha, jornalista da rádio Inconfidência e uma das diretoras dos Sindicatos dos Jornalistas de Minas Gerais.

Luta

A jornalista declara que os trabalhadores e defensores das emissoras passaram cerca de seis meses frequentando diariamente a ALMG para debater e conversar. Além disso, foi criado o movimento Fica Inconfidência, que, segundo ela, "nunca descansou".

"Desde que o veto chegou começamos a articular junto com as lideranças dos outros blocos [parlamentares] e do governo contra o veto, porque essa verba era absolutamente necessária, ainda mais que a dita 'mídia técnica' é algo que depõe contra os interesses tanto da comunicação pública, como da comunicação independente", afirma Aldanny Rezende, assessor parlamentar do deputado Celinho do Sintrocel (PCdoB).

Edição: Rafaella Dotta