A reforma da Previdência é algo que está dando uma verdadeira dor de cabeça a todas e todos, pois irá afetar diretamente a classe trabalhadora, deixando nosso futuro cheio de incertezas.
Em julho a proposta de reforma foi aprovada em primeiro turno na Câmara de Deputados, e no dia 6 de agosto, em segundo turno. Tendo sofrido poucas mudanças desde o início da tramitação, a proposta segue sendo muito prejudicial a classe trabalhadora e aos mais pobres.
Perde sua capacidade de distribuição de renda, de amparo, e na prática, vai impedir que a ampla maioria do povo brasileiro se aposente. Os que conseguirem se aposentar vão receber por menos tempo o benefício, que, para piorar, será em um valor muito menor que as já magras aposentadorias da ampla maioria.
Reforma institui idade mínima de 65 anos e 40 anos de contribuição
A reforma acaba com a aposentadoria só por tempo de contribuição e obriga que o trabalhador também tenha uma idade mínima. Para se aposentar com 100% serão necessários 40 anos de contribuição e ter pelo menos 65 anos de idade (para os homens). Aumentando em 10 anos o tempo de contribuição em relação ao tempo atual.
Além disso sabemos que teremos que trabalhar muito além da idade mínima já que os empregos tendem a ser cada vez mais precarizados o que reduz o tempo de contribuição.
O texto deve chegar ao senado até o dia 9 de agosto para ser apreciado. Se aprovado, se tornará uma emenda à Constituição. Caso ocorram no Senado alterações na proposta da reforma da Previdência, o texto aprovado terá que retornar para votação na Câmara.
Temos a oportunidade de seguir pressionando para que a reforma da Previdência não seja aprovada. Continuar o diálogo com a população, explicando os males dessa reforma, e nos mantendo em luta para garantir que não só os pais, mas todo povo brasileiro, siga tendo o direito de se aposentar dignamente.
Edição: Elis Almeida