No dia 7 de setembro, se comemorarão por todo país os 197 anos da independência do Brasil. Nesses quase 200 anos de Brasil, nossa história já viveu dias de muita luta, muita luz e, também, muita escuridão.
Esta semana vimos estampar os jornais que a maior cidade brasileira, São Paulo, viu um céu escuro, quase noite, bem no início da tarde. O fenômeno que deixou tantos encucados foi resultado de uma enorme nuvem de fumaça produzida por queimadas na região amazônica, fruto do crescente desmatamento que viemos acompanhando, principalmente desde que o governo Bolsonaro começou.
Os ataques aos nossos rios e florestas parecem não ter fim e dão sinais de que vão inundar os noticiários e a vida das trabalhadoras e trabalhadores de todo o país ainda por muito tempo. Só este ano o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou 290 novos agrotóxicos altamente nocivos e cujos efeitos sobre a terra e quem nela trabalha podem ser irreversíveis. Foi este ano também que vimos novamente a mineração sem freio matar mais uma bacia hidrográfica em Brumadinho e enterrar dezenas de vidas em nome do lucro da Vale. Entre tantos ataques ao meio ambiente e aos direitos garantidos na Constituição, esse governo mostra cada vez mais que seu compromisso não é melhorar a vida do povo.
Grito dos Excluídos
Mas este ano também vamos comemorar os 25 anos do Grito dos Excluídos, manifestação popular que ocorre todo ano no 7 de setembro e que ocupa as ruas de todo o país para dar voz a quem é oprimido por esse sistema sem misericórdia. Com o lema “Esse sistema não Vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade”, o Grito mostra sua atualidade e sua responsabilidade com a defesa dos direitos conquistados com tanta luta e garra por quem constrói o Brasil levantando cedo todos os dias.
Lado a lado com essa história, a União Nacional dos Estudantes (UNE) também chama a juventude às ruas em defesa da Educação e do futuro, contra as tentativas de privatização da universidade pública e de sucateamento do ensino básico, contidas no programa titulado, ironicamente, de “Future-se”. Resgatar a história dessa entidade e colocá-la junto ao povo organizado que resiste com o Grito dos Excluídos é sinal de que a nossa resistência contará com muitas mãos.
Por isso, devemos marcar o 7 de setembro como dia de luta, semeando esperança para fazer renascer o país soberano necessário para solucionar os problemas do povo brasileiro.
Edição: Elis Almeida