Salve, galera!
Quando formos analisar os trabalhos dos técnicos nessa temporada do futebol brasileiro, dois gringos aparecerão com honras: o patrício Jorge Jesus e o “Hermano” Sampaoli. A presença das duas figuras em nossas terras expõe o quão estamos distantes do primeiro nível do futebol mundial.
Com pouco tempo de trabalho, Sampaoli tem se destacado pela capacidade de apresentar variações interessantes e fazer com que seus atletas desempenhem ao máximo suas qualidades. Já Jesus, com um elenco mais talentoso, tem colocado o Flamengo como a melhor equipe do Brasil, jogando um futebol dinâmico e ofensivo.
Nenhum dos Jorges em questão é visto como um técnico de ponta na Europa, o que já mostra a distância que estamos de outros centros. Enquanto isso, entre os técnicos brasileiros, sobra soberba e declarações que beiram à xenofobia para desmerecer o trabalho dos dois.
A conclusão a que podemos chegar é que talvez quem mais bem tem tratado o futebol brasileiro e nossas competições é justamente quem nasceu bem longe daqui. Em tempos como esse, em que o nacionalismo no Brasil é entendido da maneira mais tosca possível, os “Jorges” em questão demonstram que talvez sejam capazes de contribuir mais para o futebol brasileiro que muita gente nascida entre o Oiapoque e o Chuí.
Edição: Wallace Oliveira