O ano acaba de começar e já tivemos diversos acontecimentos que reforçam a previsão de que não teremos um ano fácil para o conjunto do povo brasileiro. O posicionamento do Ministério de Relações Exteriores apoiando o atentado terrorista realizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem gerado várias consequências negativas à imagem do Brasil no tabuleiro político internacional.
Apoiar o assassinato de um general iraniano é um ato gravíssimo, que coloca o Brasil como cúmplice de uma violação da Carta das Nações Unidas. Este apoio vai custar caro ao país, podemos ter prejuízos nas relações comerciais com o Irã e dificuldades nas relações diplomáticas com outras nações.
Segundo país mais desigual do mundo
Se o governo federal já iniciou o ano prejudicando as relações Brasil a fora, internamente a tendência é que seja ainda pior. Importante lembrar que no ano passado, durante a 108ª Conferência Internacional do Trabalho, ligada à ONU, o instituto Índice Global de Direitos incluiu o Brasil, pela primeira vez na história, na lista dos 10 piores países do mundo para a classe trabalhadora.
Em seu primeiro ano de governo, Bolsonaro já conseguiu agravar em muito a condição de vida do povo. A fome retoma como uma realidade em todo o país, o índice de pobreza ampliou, e a desigualdade social cresceu vertiginosamente, tornando o Brasil a segunda nação mais desigual do mundo.
As medidas anunciadas pelo governo federal para este ano, se aprovadas, irão trazer impactos ainda mais graves na vida da classe trabalhadora. Entre as medidas neoliberais propostas, estão projetos que aprofundam a reforma trabalhista e retrocedem nas relações de trabalho dos servidores públicos e de trabalhadores da iniciativa privada. Além destas medidas, o governo prosseguirá com seus ataques à educação pública, aos direitos sociais e à soberania nacional, estimulando as privatizações e a entrega de nossas riquezas naturais.
Em Minas Gerais, o governador Zema tem anunciado que prosseguirá com a política neoliberal executada por Bolsonaro. Ou seja, beneficiando os mais ricos e de costas para os mais pobres.
Não tenhamos dúvida de que será um ano difícil para a classe trabalhadora. Mas é preciso também que a elite brasileira saiba que não será um ano fácil para ela. O povo está sentindo na pele a piora das condições de vida, e as pessoas estão mais atentas à política, indignadas e cada vez mais dispostas a lutar contra este projeto antipopular.
Edição: Elis Almeida