Mais uma vez: não se pode impedir as chuvas pesadas. Nem é bom que se fizesse isso, se fosse possível. Mas é possível diminuir seus efeitos negativos nas cidades.
Primeiro, com ampla participação social, discutindo com antecedência as medidas preventivas. E já tivemos isso em várias cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a experiência dos Orçamentos Participativos e conselhos municipais e regionais de todas ás áreas, como de política urbana, de saúde, habitação, saneamento etc.
Segundo, com ações fortes em obras estruturantes. O Programa de Aceleração do Crescimento, em sua segunda fase (PAC 2) reservava recursos para 'projetos executivos' que, por sua vez, eram muito importantes para acessar e buscar recursos que viabilizassem obras de drenagem. O PAC 2 e toda a estrutura de planejamento participativo que vinha sendo construída na cidade foram sendo desmontados, desde os tempos do ex-prefeito Marcio Lacerda (atualmente sem partido).
Terceiro, é urgente remontar as políticas e estruturas de acolhimento social construídas na capital desde 1993. Também isso vem sendo desmontado ao longo dos últimos anos.
O mais grave é que temos, infelizmente, dois grandes adversários das cidades: o governo federal e o estadual. E o imobilismo da PBH. São os governos dos desmontes sociais!
É preciso dar um basta a isso!
Neila Batista é vice-presidenta do PT-BH.
Edição: Elis Almeida