nas matérias sobre a Alessandra Negrini, algo ainda pior do que a patrulha unicórnia: os comentários de ordem estética.
jovens masculinos, os de fato e os tardios (tios Sukita), lhe criticando as formas mais robustas e os "peitos caídos", ou, no máximo, dizendo que, apesar disso, ainda "dá um caldo".
obviamente, punheteiros de pornô, habituados à visão daqueles corpos e rostos postiços.
vendo as fotos de perfil de alguns, é de a gente se perguntar como conseguem acreditar que até uma boneca inflável não broxaria com eles, especialmente ao abrirem a boca.
já entre as jovens femininas, as de fato e as tardias, a coisa se divide entre garotas para as quais os 30 anos, para mulheres, são o início do fim (?), e jovens tardias tentando adivinhar onde "ela mexeu" e onde faltou mexer, e não ocorrendo a ambas o principal: ela está plena, vê-se onde não há tempo ou cirurgia que faça a verdade ser oculta, que é no brilho dos olhos.
comum a todos e todas, a triste incapacidade de perceberem que a graça (amplo sentido) das pessoas está justamente na imperfeição que nos humaniza a todos e no fato de que não há - ou não deveria haver - um padrão no que se faz melhor quanto maior a diversidade de encantos, de mistérios e, últimos, mas não menos importantes, de borogodós - e Negrini, mãe de Deus, tem borogodó em todos os poros.
de minha parte, se Alessandra Negrini viesse ao meu encontro com as melhores piores intenções a bordo de uma charrete, eu já começaria beijando os cavalos, e não porque tenho apenas 4 anos a mais do que ela: aos 19 anos, em BH, namorei Meire (in memorian), então com 34 anos, que me ensinou muito, corrigindo o punheteiro que eu era, à época.
eternamente obrigado, Meire. ❤
Edição: Elis Almeida