Podemos fazer muito. Eleições são oportunidade para discutirmos a cidade que queremos, a política que queremos, as prioridades que temos, que tipo de sociedade podemos e devemos ser. Como mudar a atual realidade das coisas.
É óbvio que não estamos satisfeitos com a situação da saúde, da educação, do transporte público, com os salários, o desemprego, a informalidade. Não podemos aceitar a volta da fome. E sobretudo, deveríamos, cada um e cada uma, nos indignar com a desigualdade social.
Não podemos aceitar seguirmos sendo o país mais desigual do mundo. Essa é nossa principal chaga social, nosso principal problema do qual se originam vários outros. Quando pensarmos nas eleições desse ano não esqueçamos disso. É preciso elegermos pessoas comprometidas com o fim da desigualdade social.
As grandes maiorias das nossas cidades, podemos dizer, 90% da nossa população, não se beneficia com a conservação das coisas. Portanto, não se beneficia com candidatos conservadores. Conservar é manter privilégios, desigualdades, preconceitos, desemprego.
Somos um país rico, com um povo pobre. Dentre outras razões, porque entra eleição, sai eleição, o mais comum é elegermos representantes das elites, como são o governador Romeu Zema (Novo) e o presidente Bolsonaro (sem partido).
Precisamos eleger pessoas comprometidas com os ideais de mudanças. Essas mudanças não virão de quem defende o lucro acima da vida, o mercado acima do trabalho, a diminuição do Estado, portanto, das políticas públicas. Não há um único país do mundo que melhorou as condições de vida de seu povo com medidas desse tipo.
Político não é tudo igual. Partido não é tudo igual. Os candidatos não são todos iguais
É preciso enfrentar os interesses da classe dominante, que têm nas mãos as nossas cidades, segregando os mais pobres nas periferias. É possível? É, e as eleições são oportunidade para fazermos essa mudança.
Político não é tudo igual. Partido não é tudo igual. Os candidatos não são todos iguais. É preciso pesquisar, por exemplo, sobre quais partidos, votaram pelo congelamento dos gastos públicos por 20 anos. Não adianta o candidato vir dizer que defende saúde e educação se está vinculado a esses partidos.
É preciso lembrar quais partidos votaram pelo fim da CLT (que ironicamente chamaram de reforma trabalhista). Essa medida, desde sua aprovação, só fez crescer a terceirização, a precarização, a informalidade e o desemprego. Não adianta candidatos desses partidos vir agora dizer que é a favor dos trabalhadores e que vai lutar por mais emprego e geração de renda.
Existem partidos que defendem abertamente as privatizações, portanto, são contrários à nossa soberania, ou seja, a nossa capacidade de ser uma nação com capacidade de desenvolvimento autônomo. Caminham na mão contrária a construirmos no Brasil um Estado forte, que atue para diminuir as desigualdades sociais e fortalecer as políticas públicas.
É preciso elegermos pessoas comprometidas com o fim da desigualdade social
Se tem o apoio do governador Zema (Novo) e do presidente Bolsonaro (sem partido), pode saber, é a favor de menos Estado, de menos política pública, de menos saúde, menos educação. Esse é o programa de governo deles. São amigos do setor financeiro, dos grandes empresários e contra os interesses populares. Estão de costas para o povo.
Essas e outras informações estão disponíveis na internet e nas redes sociais. Pesquise sobre seu candidato. Pesquise sobre os partidos que estão a pedir votos. E, principalmente, tome muito cuidado com as notícias falsas.
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Edição: Elis Almeida