O multiartista La Cruz você já conheceu aqui no Brasil de Fato MG. Agora, desafiamos La Cruz a nos indicar cinco ilustradores e quadrinistas de Belo Horizonte que você precisa conhecer! (E você precisa mesmo, pois são ótimas e ótimos!)
Alguns dos nomes aqui são, inclusive, apontados pelo La Cruz como referências de seu próprio trabalho. Confira:
@a_linelemos
“Gosto muito dos recortes que ela faz no trabalho. Um pouco de quase parafrasear a própria arte, investigar a arte. Ela tem um trabalho sobre mulheres artistas brasileiras maravilhoso”.
Aline Lemos (LINE) nasceu e reside em Belo Horizonte e desde 2014 produz quadrinhos. Seu livro Artistas Brasileiras (Editora Miguilim, 2018) recebeu o prêmio HQ MIX 2019 na categoria Homenagem.
@_inglee
“É uma parceira de trabalho e profissão, que se tornou uma referência estética e de narrativa pra mim”, diz La Cruz sobre a ilustradora Ing Lee.
A quadrinista, que também é artista plástica e pesquisadora, tem 24 anos, nascida e moradora de Belo Horizonte (MG). Filha de pai norte-coreano e mãe brasileira, Ing Lee traz essa raiz para suas ilustrações e histórias. Ela produz quadrinhos desde 2018, mas trabalha com artes visuais desde 2015. Usa influências do cinema leste-asiático, com enfoque em Novo Cinema de Taiwan, Wong Kar-Wai, Bong Joon-Ho e Naomi Kawase.
@viajantejao
“Eu gosto demais por ele explorar a linguagem somente visual. O quadrinho sem o diálogo é muito difícil”, avalia La Cruz.
O artista Jão traz experiências muito loucas e interessantes com histórias de super-heróis. Ele desenha cenários de Belo Horizonte e, na Parafuso Zero – revista HQ publicada pela editora Pulo, a história toda se passa em uma única esquina. Aqui, a tirinha “O Celibato da Fumaça”:
@de_merda
O artista João Victor, ou “de Merda”, é um ilustrador também da capital mineira e formado em Desing Gráfico, Artes Visuais e Comunicação Visual. Suas tirinhas e histórias são politicamente combativas e questionadoras. Hoje, trabalha como designer e social mídia, além de tocar vários projetos, como o Self. https://www.catarse.me/self
“A gente formou junto e eu acompanhei muito o trabalho dele, que está ficando cada vez mais polido politicamente. Ele tem uma estética muito própria que traz uma tensão sensacional”, descreve La Cruz.
@catapreta
E por último, conheça a poesia desenhada de Catapreta, ilustrador e diretor de animação. Ele se intitula um “pedreiro de pixels”. Nas tirinhas no seu perfil, que estão todas à venda, o traço fino parece criar uma melodia viva. Só vendo!
“O Catapreta é uma das minhas principais referências com relação a trazer questões raciais, da forma visceral que ele traz, principalmente visualmente. Não tem nada que ele faz que eu não goste. Por exemplo, a forma visual que ele aborda o racismo religioso, porque é um preto macumbeiro”, indica La Cruz.
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Edição: Elis Almeida