Nessa terça feira (24), estudantes, professore(a)s e técnico(a)s administrativo(a)s de instituições de ensino de Minas Gerais se mobilizaram em defesa das universidades públicas e do fundo que financia pesquisadores no estado. Os atos simbólicos foram realizados em 10 unidades de institutos e do CEFET.
A mobilização é por conta do financiamento insuficiente que vem sofrendo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), a Universidade do Estado de Minas gerais (UEMG) e a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A FAPEMIG, hoje, executa um orçamento que equivale a 25% do que executava em 2016. Isso significou um corte de 5 mil bolsas de iniciação científica em fevereiro de 2019 e a interrupção de inúmeras pesquisas em andamento.
Os atos simbólicos foram realizados nas unidades do CEFET-MG em Belo Horizonte, Timóteo, Leopoldina e Araxá, nas unidades do IFMG, em Ouro Preto e Juiz de Fora, na UEMG - Campus Ituiutaba, no IFNMG – Campus Salinas, na UFU e na Fiocruz Minas. Aconteceu também uma live que contou com depoimentos de mais de 20 participantes de diferentes segmentos das instituições de ensino e pesquisa mineiras.
Detalhes da reivindicação
Além de protestar contra a diminuição do investimento, as reivindicações vocalizadas nos atos são: cumprimento da Constituição Estadual, destinando à FAPEMIG 1% da receita corrente ordinária e garantia de que esse recurso, uma vez previsto no orçamento, seja de fato empenhado ao longo de 2021, pela possibilidade de utilização de recursos provenientes de renúncia fiscal por parte do governo; destinação de 1% da arrecadação para cada universidade estadual mineira, 1% para a UEMG e 1% para a UNIMONTES.
Os estudantes e profissionais afirmam que há recursos para esse investimento e que isso pode ser inserido na elaboração da peça orçamentária estadual, para 2021. Em que deputadas e deputados estaduais mineiros reduzam o percentual de desoneração fiscal em valor suficiente para recuperar o financiamento da FAPEMIG e das Universidades Estaduais.
Os organizadores dos atos afirmam que os parlamentares mineiros receberão mensagens solicitando o apoio para que as reivindicações sejam incluídas por meio de emendas ao orçamento.
Site irá criar painel de deputados
As atividades realizadas em 24 de novembro são parte das mobilizações lideradas pelo Inteligência Coletiva, ao qual se somam entidades sindicais docentes e de representação estudantil. A página do Inteligência Coletiva pretende criar um painel para divulgar quais deputados e deputadas apoiam as reivindicações. O grupo reforça que interessados podem se somar ao movimento, entrando em contato através da página.
Adelson Fernandes Moreira (Professor de Física aposentado do CEFET-MG; Membro do Conselho Deliberativo do SINDCEFET-MG e da Coordenação da Campanha em Defesa da FAPEMIG, UEMG e UNIMONTES).
Cristiana Ferreira Alves de Brito (Pesquisadora da Fiocruz Minas, Membro do Inteligência Coletiva e da Coordenação da Campanha em defesa da FAPEMIG, UEMG e UNIMONTES).
Aurélio Gomes Ferreira (Professor de Filosofia do Instituto Federal de Minas Gerais; Membro do Inteligência Coletiva e da Coordenação da Campanha em Defesa da FAPEMIG, UEMG e UNIMONTES).
Arthur Quadra (Diretor de Comunicação da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico).
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Edição: Rafaella Dotta