A atividade, promovida e realizada pelo Movimento Negro de Contagem, será hoje, dia 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, às 19 horas na página do movimento no Facebook.
A data
Desde 2007, 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data foi escolhida em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda de Ogum, moradora e fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, Terreiro de Candomblé, em Salvador (BA). Mãe Gilda faleceu em 2000, de infarto, ao ver seu terreiro atacado e seguidores agredidos.
No Brasil, mais de 60% dos casos de intolerância religiosa são ataques a religiões de matriz africana, sendo que religiosos de matriz africana correspondem a menos de 3% da população brasileira, conforme a última pesquisa do Datafolha.
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O evento
Diante do aumento da intolerância religiosa contra os povos de Matriz Africana no Brasil e no município de Contagem a atividade tem os objetivos de reforçar o combate a intolerância religiosa e ao racismo religioso; denunciar e dar visibilidade aos atos de racismo religioso no município de Contagem; promover o diálogo entre os seguimentos afetados pelas práticas do racismo religioso e estabelecer estratégias de enfrentamento a intolerância religiosa.
Será um debate, com a participação de Babá Erisvaldo, do Ilê Axé Ogunfunmilayo, que é doutor e mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004) e bacharel em Filosofia e de Mãe Rita, autoridade tradicional de matriz africana do povo Bantu, rainha de congado na Irmandade Ciriacos, benzedeira, raizeira e integrante do movimento Mulheres de Axé do Brasil.
O evento será mediado pelo Danilo Sebe, advogado, membro da Comissão Estadual de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/MG e pesquisador sobre liberdade e diversidade religiosa e da laicidade estatal.
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Edição: Elis Almeida