Quem acha que o carnaval de Belo Horizonte surgiu tem poucos anos, está enganado. Nos últimos 10 anos, o carnaval de rua da capital foi crescendo a cada ano, até que em 2020 teve mais de 4, 5 milhões de foliões que passaram pela cidade na data. Porém, o carnaval belo-horizontino não nasceu agora. Na década de 1980, BH já era destaque no carnaval de passarela, ficando atrás somente de Rio de Janeiro.
E, pensando em reavivar esse histórico e criar um memorial, o Almanaque do Samba - A Casa do Samba de Minas Gerais começou a reproduzir, a partir de segunda-feira (8), sambas-enredo de escolas de samba e blocos caricatos de Belo Horizonte começando pelos anos 80. Serão adicionados ao canal do Youtube faixas de LPs transformadas para o formato digital. O acervo é do cambista e radialista Carlinhos Visual.
A publicação vai até o dia 14 de fevereiro, sábado.
Começando por 1983
O Almanaque do Samba começou seu acervo público com o carnaval de 1983, em que a escola de samba Cidade Jardim foi a grande campeã. Além da publicação do disco completo, com todos os sambas-enredo do ano, no Youtube, o site faz algumas importantes considerações.
“O samba-enredo [da Cidade Jardim] ‘A grande festança das gerais’ foi assinado por Serginho do Cavaco e Toninho Ribeiro, hoje os consagrados Serginho Beagá e Toninho Gerais. Outra curiosidade é Marlene Silva interpretando o samba do bloco caricato Os Invasores, mais um exemplo do pioneirismo feminino no samba de Belo Horizonte”, escreve o Almanaque.
Paralelamente, em seu perfil no Instagram, o Almanaque faz também a série de lives “Histórias do Carnaval”, com personalidades do carnaval de BH. Participam: Toninho Geraes (compositor), Douglas Felipe (ex-Olodum), Manu Dias (Lindo Bloco e Bloco Pescoção), Serginho Beagá (compositor) e Geo Cardoso (Baianas Ozadas). Os bate-papos vão até 14 de fevereiro.
Assista
Está tudo disponível no Canal do Youtube do Almanaque do Samba
Edição: Rafaella Dotta