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Tarifa do metrô aumenta de novo em BH e passa a custar R$ 4,50

Aumento em meio a pandemia do coronavírus passa a valer a partir do dia 20

Belo Horizonte | Brasil de Fato MG |

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A partir da quarta-feira (10), o metrô passou a operar das 5h40 às 21h e, nos últimos 12 meses, parou diversas vezes de operar às tardes e noites - Créditos da foto: CMBH

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) publicou, na quarta-feira (10), o decreto que determina o reajuste tarifário do metrô de BH para R$ 4,50 a partir do dia 20 de março.


Isso representa um aumento de 6% no preço da passagem atual que é R$ 4,25. Vale lembrar que, nos últimos dois anos, a tarifa do metrô já subiu 150%, já que, em março de 2019 o bilhete custava R$ 1,80. Ou seja, em dois anos, o preço do bilhete ficou mais que o dobro.

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Críticas

O aumento da passagem não acompanha a qualidade dos serviços e, muito menos, a realidade brasileira em meio a uma crise sanitária, econômica e humanitária, é o que afirma o movimento Tarifa Zero BH. Durante a pandemia o funcionamento do metrô foi restringido e o acesso ao serviço só diminuiu. A partir da quarta-feira (10), passou a operar das 5h40 às 21h e, nos últimos 12 meses, parou diversas vezes de operar às tardes e noites.

“Este último aumento faz parte de um movimento visando à privatização da CBTU”

O movimento Tarifa Zero BH, que luta pelo direito a cidade por meio da implementação da passagem gratuita nos transportes coletivos, repudia o reajuste. Isso porque não houve diálogo com a população afetada - a que precisa do metrô - e pela incongruência com a realidade do cidadão belo-horizontino, onde 74% dos passageiros do metrô estavam na faixa de renda de até dois salários mínimos, conforme a pesquisa Origem-Destino da Agência da Região Metropolitana de Belo Horizonte, de 2012.

“Este último aumento faz parte de um movimento visando à privatização da CBTU, em uma tentativa de tornar o negócio mais atrativo para futuros investidores às custas da população mais pobre, que não tem opção para se locomover pela cidade e compromete uma parcela cada vez maior de sua renda com o transporte. A futura venda do sistema para a iniciativa privada vai aprofundar ainda mais as políticas de encarecimento da passagem e corte de custos, sem dar importância aos efeitos negativos para as pessoas que mais necessitam”, ressalta o movimento.

Edição: Elis Almeida