As últimas medidas de prevenção ao contágio da covid-19 em Juiz de Fora têm gerado discussão na cidade. O novo decreto da prefeita Margarida Salomão (PT) determina lockdown e o funcionamento somente dos serviços essenciais durante os próximos dias.
Desde então, a prefeita e a vereadora Laiz Perrut, também do PT, sofrem retaliações e até mesmo ameaças de um grupo de empresários e comerciantes locais contrários ao decreto. Os protestos são liderados também por movimentos de direita e extrema direita, que negam a necessidade das medidas de prevenção no município.
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O Levante Popular da Juventude entrou na disputa dessa narrativa. O movimento espalhou pelas ruas da cidade mensagens que responsabilizam o governo Bolsonaro pelas crises sanitária, econômica e social agravadas não somente em Juiz de Fora, mas em todo país.
“É nosso papel intervir nesse debate e informar a população quem está do nosso lado. Bolsonaro não se importa com a nossa saúde, com o nosso emprego e com as nossas vidas”, comenta Karolina Oliveira, graduanda em Enfermagem na UFJF e militante do Levante.
Além dessa ação informativa, o movimento organiza desde o início da pandemia a campanha Periferia Viva, para arrecadação e distribuição de cestas básicas e alimentos agroecológicos às famílias de baixa renda na cidade.
As mensagens distribuídas nos bairros e na região central da cidade fazem o contraponto ao discurso dos movimentos direitistas que acusam a prefeita Margarida de “impedir as liberdades individuais” e o “direito de ir e vir” da população.
A iniciativa do movimento de juventude reivindica uma solução: o pagamento do auxílio emergencial e a urgência de um plano de vacinação em massa e gratuita. “O lockdown é necessário e já poderia ter sido decretado antes. Já se tem experiências de que essa é uma das principais medidas de prevenção ao contágio do coronavírus e apresenta resultados. Mas também precisamos de outras medidas que são de responsabilidade do governo federal, como um plano de vacinação gratuita em massa e o pagamento do auxílio emergencial”, concluiu Karolina.
Edição: Elis Almeida