Minas Gerais

COVID-19

Ato em Uberlândia pede vacinas para os profissionais do Hospital das Clínicas da UFU

Manifestação ocorreu na segunda-feira e denunciou que 1916 trabalhadores do HC não foram imunizados

Belo Horizonte | Brasil de Fato MG |
Tivemos óbitos, internações e intubações de colegas que, ao invés de participar do tratamento estão ocupando leitos - Créditos da foto: Reprodução

Na última segunda-feira (17), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (SINTET-UFU) organizou um ato em defesa dos trabalhadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) que ainda não receberam a vacina de imunização contra covid-19. 

O ato, que contou com a presença dos trabalhadores e de apoiadores, se concentrou em frente à Câmara Municipal de Uberlândia para cobrar do Prefeito e da Secretaria Municipal de Saúde uma solução para a questão.

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Em nota, o sindicato anunciou que a Prefeitura de Uberlândia deixou para trás centenas de profissionais do HC-UFU que estão sem perspectiva de serem vacinados, incluindo profissionais que atuam diretamente no combate à covid-19. A nota aponta que os profissionais do HC-UFU pararam de ser chamados pela prefeitura, inclusive em desacordo com os critérios definidos pelo Ministério da Saúde, ficando desde então, sem receber a vacina e sem previsão para a imunização.

“Recentemente tivemos óbitos, internações e intubações de colegas que, ao invés de participar do tratamento estão ocupando leitos em uma cidade que se encontra com 100% de lotação”, denuncia a nota.

O Sintet-UFU também anunciou que está entrando com uma ação judicial, contra a Prefeitura de Uberlândia e a favor dos trabalhadores do HC-UFU. Além da ação judicial, o Sintet-UFU, fará uma denúncia ao Ministério Público para que seja destinado aos profissionais do HC um percentual de vacinas dos próximos lotes que chegarem à cidade. “Não é possível que estes profissionais, que arriscam suas vidas para cuidar da população, sejam expostos dessa forma”.

A manifestação buscou seguir todas as medidas de protocolo sanitário. Após o fim do ato, no entanto, a Polícia Militar procurou pelo o coordenador do Sintet-UFU, Robson Carneiro, alegando a necessidade de assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência, que abre investigação na Polícia sobre o ato, visto que a cidade estaria inserida na “onda roxa”. Os diretores do sindicato opinam que ação da PM é uma forma de criminalizar o movimento.

O outro lado

No mesmo dia, a Prefeitura de Uberlândia divulgou uma nota informando que segue rigorosamente as orientações do Ministério da Saúde sobre a vacinação contra o covid-19. Além disso, a prefeitura também divulgou que recebeu da UFU uma lista com 4.220 nomes de trabalhadores da Universidade, desse total, 2.304 servidores da instituição federal já receberam a primeira ou segunda dose da imunização contra covid-19, e outros 1916 estão na lista aguardando para receber a imunização, que, segundo a prefeitura, acontecerá em breve conforme a disponibilidade das vacinas. 

Também foi informado que o município segue buscando alternativas para ampliar a vacinação contra covid-19, como tratativas para a compra da Sputnik V, junto à União Química, e adesão a um consórcio para aquisição de vacinas junto à Frente Nacional de Prefeitos. Enquanto isso, Uberlândia segue com 100% dos leitos ocupados.

Edição: Elis Almeida