Minas Gerais

PANDEMIA

Artigo | Genocida é genocida!

Quem realmente ama nosso país deve se posicionar, por obrigação ética e histórica, contra esse desgoverno

Belo Horizonte | Brasil de Fato MG |
Genocida é genocida! E ele tem nome e sobrenome. E me recuso a chamar um genocida de presidente.  - Créditos da foto: Coletivo Alvorada

Fala-se muito do amor nas ruas, nas redes sociais, na igreja e até na política partidária. O amor é tema recorrente de conversas acaloradas. O amor é uma necessidade para a manutenção da vida em sociedade. Refiro-me ao amor à vida humana, tão negligenciada pelo atual desgoverno desde o início da pandemia. E o gabinete do ódio não sucumbiu ao fracasso do enfrentamento da crise.  Pelo contrário, continua a disseminar o negacionismo, o autoritarismo e a indiferença. Genocida é genocida! E ele tem nome e sobrenome. E me recuso a chamar um genocida de presidente. 

Podemos amar nossa cultura, nossa cidade, nosso país. Não se pode amar o que não conhecemos. E o desconhecimento, a ignorância é a base do grande ditador da nação. Falta amor nas estruturas estatais, o amor pelo povo, o amor pela vida dos brasileiros. O país registrou o maior número de mortes diárias pela covid-19 na última terça-feira (23).

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O Brasil totaliza mais de 300 mil mortes pela doença do novo coronavírus. E o gabinete do ódio continua a viralizar o ódio. Genocida é genocida!  Muitos falam de amor, mas não o exercem como prática social. O amor pelo coletivo potencializa a vida. Quem realmente ama nosso país-continente deve se posicionar, por obrigação ética e histórica, contra esse desgoverno que banaliza a morte de milhares de brasileiros.

Galileu Galilei lutou contra a negação da ciência e postulou reflexões que servem como uma resposta a este desgoverno que institucionalizou a necropolítica no Brasil. “De todos os ódios, nenhum supera o da ignorância contra o conhecimento”. No contexto pandêmico de uma nação que ficou à deriva no meio do caos, o aforismo de Galileu é contundente quando presenciamos a incompetência de um desgoverno desumano, autoritário e genocida, genocida no sentido mais amplo da vileza. Afinal de contas, genocida é genocida!

Éverlan Stutz é jornalista, mestre em comunicação social, especialista em gestão do patrimônio cultural, bacharel em artes cênicas e poeta.   

Edição: Larissa Costa