Nesta quarta-feira (26), o metrô de Belo Horizonte funciona em escala reduzida de horários. Os metroviários, em assembleia realizada em 21 de maio, decidiram pela paralisação completa dos serviços por um dia. Porém, uma decisão da Justiça do Trabalho determinou que o metrô deve funcionar das 5:30 às 10h e das 16h às 20h.
Mas o que querem os metroviários?
De acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a paralisação reivindica uma data para a vacinação dos trabalhadores do transporte público contra o coronavírus.
“Nós já fomos incluídos como grupo prioritário para a vacinação, o que nós queremos é data”, explica Alda Lúcia, integrante da diretoria do sindicato. “Não queremos passar à frente de ninguém. É porque nós estamos na linha de frente, em contato com a população, tivemos a morte de um metroviário de 28 anos, sem nenhuma comorbidade, e que estava trabalhando”, completa.
Alda relata que os empregados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) estão com medo de se contaminarem, fora a falta de álcool em gel e de condições seguras para o trabalho. Os metroviários pretendem, com essa paralisação, fazer pressão sobre a Prefeitura de Belo Horizonte, o governo de Minas e o governo federal, já que a CBTU é uma empresa pública nacional.
A possibilidade de uma greve não está descartada.
Vacinação em BH
Os trabalhadores do transporte coletivo (ônibus e metrô) estão entre o público prioritário de vacinação. O Plano Nacional de Imunização estabelece 28 etapas/grupos prioritários. Os metroviários se enquadram na 21ª etapa.
Em audiência na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na terça (25), o representante da Secretaria Municipal da Saúde Paulo Correia informou que todo o público prioritário totaliza 1,1 milhão de pessoas em Belo Horizonte. Atualmente, a PBH está imunizando portadores de comorbidade com idade entre 18 e 59 anos, mas sofre com falta de vacinas.
“O Ministério da Saúde sinaliza que até meados do segundo semestre a gente consiga vencer a etapa de prioridades”, informou Paulo Correia.
Edição: Elis Almeida