Em BH, o custo de vida das famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos aumentou 1,15% no mês de maio, em comparação com abril. A variação foi medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), vinculado à UFMG.
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Também na capital mineira, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede os gastos das famílias entre 1 e 40 salários mínimos, subiu 0,75%. Com as maiores altas, aparecem “vestuário e complementos” (5,31%), alimentos industrializados (3,42%) e bebidas em bares e restaurantes (3,21%). Por outro lado, apresentaram queda os alimentos in natura (4,78%).
Cesta básica
O custo da cesta básica aumentou 0,08% no mês, ficando em R$ 557,35, isto é, 50,67% do salário mínimo. A variação é medida tomando como base os gastos de um trabalhador adulto com 13 itens de alimentação.
Salário mínimo deveria ser de R$ 5.330,69, 4,84 vezes o valor atual
O pão francês ficou 4,04% mais caro, seguido do leite pasteurizado. Por outro lado, houve queda nos preços da banana caturra (-9,22%) e do tomate Santa Cruz (-3,74%). As informações completas estão disponíveis na página do Ipead.
Mínimo abaixo do necessário
Em janeiro, o governo federal corrigiu o salário mínimo em 5,26%, passando de R$ 1.045 para R$ 1.100. A recomposição foi menor que a inflação de todo o ano de 2020 no Brasil, de 5,45%, de acordo com o IBGE. Esse foi o segundo ano consecutivo com perda do poder de compra do salário mínimo.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que desenvolveu uma metodologia própria, em abril, o mínimo necessário para cobrir as despesas de uma família trabalhadora (dois adultos e duas crianças) com alimentação, educação, higiene, lazer, moradia, previdência, saúde e transporte, seria de R$ 5.330,69, isto é, 4,84 vezes o valor atual.
Edição: Elis Almeida