O Projeto de Lei (PL) 1050/20 de Preservação Ambiental da Mata do Planalto, apresentado pelas vereadoras do PSOL Bella Gonçalves e Cida Falabella, foi aprovado em primeiro turno nesta quarta (9) na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Somente seis vereadores se posicionaram contrários à proposta. Antes de ser votado em segundo turno, o PL tramitará nas comissões da Casa.
O texto reconhece o valor ecológico, paisagístico, cultural e comunitário da área verde que sofre com a ameaças de empreendimentos imobiliários. A Mata do Planalto é uma das únicas áreas verdes remanescentes da Região Norte, com relevante valor hídrico e ecológico, apresentando 20 nascentes, além de fauna e flora ameaçadas de extinção.
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Em nota, o movimento Salve a Mata do Planalto afirma que a “Câmara Municipal, nesta gestão, deu mostras que questões ideológicas não podem se sobrepor aos interesses da população”. “É mais um passo na luta. A hora agora é de apertar o acelerador e exigir do prefeito, com apoio da Câmara, a desapropriação da área”, diz o texto.
No ano passado, mais de 60 instituições assinaram uma carta ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) reivindicando que ele cumprisse a promessa de campanha de preservar a mata. (Leia aqui). “Não podemos admitir que construtoras tenham prevalência sobre o rumo e o uso do município de Belo Horizonte, porque todos têm direito a uma cidade humanizada. Construtoras e grupos imobiliários não têm tido comprometimento com o bem-estar dos moradores, nem respeitado e auxiliado a preservar suas últimas áreas verdes e nascentes”, ressalta a carta.
Há mais de dez anos, a população luta contra o projeto da Construtora Direcional de construir 760 apartamentos, 16 prédios de 16 andares, mais de 3500 vagas de garagem na área da mata.
Edição: Elis Almeida