A data elencada nacionalmente pela Campanha Fora Bolsonaro faz parte da jornada de lutas contra a ausência de medidas eficazes para combater a pandemia. A ação também denuncia os pacotes antipopulares promovidos pelo governo federal.
Mais de 400 cidades em todo o país estarão unidas pelo grito de "Fora Bolsonaro", que deve ecoar nas ruas e nas redes sociais. Em Minas Gerais, acontecerão atos em mais de 50 cidades.
Também são pautas a vacinação para todos e o auxílio emergencial de R$600. Passeatas, tuitaços, atos simbólicos, faixaços e carreatas acontecerão ao longo do dia no Brasil e no exterior.
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Na região do Caraça, em Minas Gerais, o ato será realizado em Santa Bárbara, contando com a participação também de pessoas dos municípios de Barão de Cocais e Catas Altas. A manifestação terá concentração na Praça Leste de Minas, às 10h, e seguirá em caminhada pelo centro da cidade.
O militante do Partido dos Trabalhadores (PT) em Santa Bárabara, Matheus Gomes, destaca a importância dos atos neste momento e reforça a convocação na região.
“No dia 29 de maio milhões de pessoas foram às ruas contra o governo genocida. Mesmo com a blindagem da mídia empresarial, os atos foram um sucesso e impactaram na conjuntura política do país. Agora, dia 19, o Brasil sairá às ruas de novo e a região do Caraça também vai fazer a sua parte levando nossa indignação e demonstrando para o conjunto da sociedade que o povo se levanta contra essa política genocida e antipopular de Bolsonaro”, convoca Gomes.
As entidades sindicais estão construindo os atos do dia 19 e reforçam o chamado para toda classe trabalhadora. Para Rita Ribeiro, presidenta do Sindicato Intermunicipal dos Servidores Públicos do Executivo e Legislativo de Catas Altas, Barão de Cocais e Santa Bárbara (SINDCABASA), o governo Bolsonaro se coloca como principal inimigo dos trabalhadores.
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“É um governo que vem o tempo todo atacando os trabalhadores, especialmente os servidores públicos. O presidente tem uma trajetória de ataque aos nossos direitos, desde a reforma trabalhista, da previdência e agora implementa um programa ultraneoliberal em seu governo”, afirma.
Ribeiro também destaca que o Brasil poderia estar em uma situação muito melhor se o governo tivesse adotado uma política responsável de combate à pandemia. “A situação podia ser diferente, devido à sua postura genocida e negacionista estamos para chegar à marca de 500 mil mortes, é preciso ir às ruas e defender a vida e vacinação já! ”, reforça a presidenta do SINDICABASA.
Território de mineração
Para Izabela Moreira, moradora de Catas Altas e militante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), a manifestação na região é fundamental, pois o território está sofrendo gravemente os impactos do projeto do governo.
“A região do Caraça possui muitos bens naturais que atraem multinacionais que saqueiam nossas riquezas e deixam os rastros de destruição para trás. O governo Bolsonaro está a serviço do capital estrangeiro, seu projeto atenta contra a soberania nacional e é subserviente aos interesses das grandes empresas. Esse programa de retirar diretos dos territórios tem nos impactado muito na região do Caraça e, além disso, a lentidão das vacinas e continuidade da mineração em meio a pandemia agravou em muito os casos de coronavírus”, denuncia Moreira.
Medidas de proteção
A organização do ato reforça que todos que forem às ruas no final de semana serão constantemente orientados sobre a necessidade de manter o distanciamento durante o protesto e, quando possível, filas serão formadas para evitar aglomerações.
A presença de brigadistas de saúde distribuindo máscaras PFF2 e álcool em gel também colabora para que os riscos de contágio sejam diminuídos. Nas redes, peças comunicacionais também orientam os cuidados necessários. Afinal, trata-se de uma manifestação que preza pela vida e vai na contramão do negacionismo apregoado por Bolsonaro.
Edição: Larissa Costa