A Campanha Periferia Viva, Educadoras e Educadores do Projeto Popular, Levante Popular da Juventude, Movimento do Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Rede de Cursinhos Populares Podemos+ publicaram uma nota em defesa da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2021 e sua importância na popularização da educação.
Os movimentos veem a necessidade de uma ação popular para pressionar o governo a dar sequência na aplicação do exame e manutenção do ingresso às universidades públicas. Além dos sequenciais cortes na educação, a situação do ENEM de 2021 é instável. O Ministério da Educação declarou não haver verba para a realização do exame, depois de um adiamento, o que, segundo os movimentos, aponta para o projeto de desmonte da prova.
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“O adiamento pautado pelo governo federal não teve como base as condições sanitárias para a realização do ENEM, ficou claro que era um impasse político sobre a realização ou não do exame em 2021”, posicionaram-se na nota. As entidades mostram preocupação com a volta do afunilamento da população que acessa a universidade.
“A educação é um direito constitucional, nossa luta é por garantir que esse direito chegue para toda a sociedade. A universidade precisa se pintar de povo! Seguimos na luta pelo ensino público, gratuito e de qualidade, enquanto Bolsonaro e setores da direita querem que nossa educação seja cada vez menos um direito, ficando disponível apenas aqueles que possam pagar as mensalidades”.
Mutirão para tira-dúvidas e inscrições
Os movimentos estão organizando um mutirão de voluntários para auxiliar os candidatos à prova. A rede de cursinhos populares Podemos+, uma iniciativa do Levante Popular da Juventude, abriu inscrições a partir 28 de junho para que entidades, movimentos sociais e pessoas de qualquer estado possam servir de ponto de apoio para os estudantes fazerem suas inscrições no Enem.
Neste link, alunos podem acessar o formulário ou ver a lista de pontos de apoio para requisitar ajuda, assim como entidades e voluntários podem se colocar à disposição.
Edição: Rafaella Dotta