Por Ana Carolina Vasconcelos
O Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas no Serviço Público Federal do Estado de Minas Gerais - SINDSEP MG organizou, na manhã desta segunda-feira (16), um ato em frente a portaria do entreposto de Contagem da CeasaMinas contra a privatização da estatal.
Com venda da CeasaMinas consumidores devem pagar mais caro pelos alimentos
A manifestação contou com a presença de assessores dos deputados estaduais Beatriz Cerqueira (PT) e Betão (PT), do deputado federal Rogério Correia (PT), e com presença do deputado federal Patrus Ananias (PT). Estiveram presentes também representantes das categorias petroleira, eletricitária e trabalhadores em educação.
Segundo a diretora do SINDSEP MG, Sânia Barcelos Reis, a principal reivindicação do ato é de que "a CeasaMinas continue sendo uma empresa estatal”. Atualmente a empresa está em vias de ser vendida por um valor referente a apenas 10% do que ela realmente vale.
A CeasaMinas
A CeasaMinas possui mais de 50 anos de atuação e é responsável pelo abastecimento de 12,7 milhões de pessoas em 870 cidades do estado. Segundo Sânia, a “CeasaMinas conta hoje com mais de 4 mil produtores rurais cadastrados, sendo mais da metade da agricultura familiar. Além disso, possui mais de 900 lojistas instalados que pagam valores mais baixos que os valores praticados fora dos entrepostos, o que permite que o consumidor pague um valor menor”. Atualmente a empresa não prevê lucro e visa exclusivamente administrar o abastecimento alimentar.
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Alimento mais caro
A venda da CeasaMinas pode trazer inúmeros impactos para trabalhadores, produtores e consumidores, que podem passar a pagar mais caro pelos alimentos hortifrutigranjeiros e industrializados. Sânia alerta que “a privatização e a mudança de operacionalização da empresa pode colocar no centro de seus objetivos o lucro e os alimentos passariam a chegar mais caro na mesa do consumidor”
Durante a manifestação, o Deputado Federal Patrus Ananias (PT) afirmou que “a questão da CeasaMinas se insere num sentido mais amplo” e que “além dos trabalhadores, privatizar a empresa também prejudicará a agricultura familiar e as pessoas que querem comprar alimentos de boa qualidade com preços mais acessíveis”.
Manifestantes afirmaram que irão convocar outras mobilizações.
Edição: Elis Almeida