Na última terça-feira (17), em Assembleia Estadual convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), trabalhadores em educação deliberaram pela suspensão da greve sanitária.
A greve começou em 2 de agosto como parte do calendário de lutas aprovado pelo Conselho Geral do Sind-UTE e tinha o objetivo evitar que profissionais da educação e estudantes fossem expostos à contaminação do novo coronavírus. Entre os dias 12 e 17 de julho, o sindicato já havia feito uma paralisação com este mesmo fim.
Judicialização
Após ser convocado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o Sind-UTE participou de uma audiência de conciliação nesta terça (17), na qual ficou determinado o retorno presencial das atividades escolares a partir de 19 de agosto.
Compromissos e reivindicações
Em audiência, o sindicato cobrou que o governo do estado antecipe a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 para os profissionais da educação. Todavia, não foram apresentadas propostas do governo nesse sentido.
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Foi solicitado também que as servidoras lactantes, assim como as gestantes, sejam mantidas em trabalho remoto e que fosse garantido rodízio entre os trabalhadores da educação. Ambas as solicitações foram rejeitadas.
Ficou acordado que o período de 2 a 18 de agosto será caracterizado como falta greve e a reposição deverá ser feita de forma presencial, em até 90 dias. Acordou-se também que o Sind-UTE terá livre acesso às escolas para fiscalizar e dialogar com a comunidade escolar.
Risco de contaminação
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) do dia 17 de agosto, foram contabilizadas em Minas 52.002 mortes pela Covid-19 e, em 24 horas, foram registradas 3.315 novas contaminações.
A coordenadora geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, mostrou preocupação com o aumento da contaminação por coronavírus, que se tornou realidade em diversas cidades mineiras, como Belo Horizonte e Uberlândia.
“Nós vamos denunciar todas as contaminações. O que acontecer com a vida dos profissionais, dos estudantes e das comunidades escolares por conta da contaminação nas escolas será de inteira responsabilidade do governo do Estado. Já temos situações de contaminações em várias regiões de Minas”.
Edição: Rafaella Dotta